É em ocasiões como a de agora, quando acontecem fatos rumorosos envolvendo personagens da elite social como Kyriakos Amiridis, que a grande imprensa mais necessita de profissionais especializados que detenham conhecimento nessa área. Mas, na absoluta ausência deles, o que vemos acontecer? Premidos pelas exigências da chefia, repórteres desinformados sobre as chamadas “altas rodas” – e não os condenamos por isso – dão conta do recado mesmo de maneira torta. Hoje leio que Kyriakos Amiridis e a mulher “frequentavam festas de luxo no Rio”, quando ele serviu aqui como diplomata. Jamais! A única festa em que ele a levou no Rio foi o baile de carnaval do Copa, este ano, ele já como embaixador. E depois em mais nenhuma.
Quando cônsul-geral no Rio de Janeiro, Kyriakos jamais frequentou com Françoise. Não a apresentou a ninguém. Todos desconheciam que ele fosse casado ou tivesse qualquer relacionamento, namoro, noivado, companhia. Julgavam o cônsul grego um homem solteiro e desimpedido, pois assim ele se apresentava. Tem sido uma baita surpresa para a sociedade carioca, não só o casamento, como também a paternidade. E mais: a propriedade de uma casa na Barra da Tijuca!
Verdade que, às vésperas de seu retorno à Grécia, quando era cônsul-geral no Rio, alguns leram num site que um homem fora flagrado pelas câmeras de um condomínio da Barra, e preso, “saindo da casa do cônsul-geral da Grécia pulando o muro”. A consulesa (só então soubemos que havia uma consulesa) depôs que fora despertada pelo invasor dentro do seu quarto, munido de faca, e o expulsou. Ele obedeceu…
Tratava-se do mesmo criminoso assassino do casal Todd, de americanos vizinhos, vítimas um mês antes de um crime torpe e dos mais cruéis. Ambos os episódios mal explicados. O crime dos americanos e a invasão dos gregos.
Passam-se os anos, o estimado Amiridis retorna como embaixador e, enfim, apresenta a mulher brasileira, Françoise, depois de estar vivendo com ela há 15 anos – desde o seu posto no Rio de Janeiro – e já terem uma filha de 10, mantendo a propriedade daquela casa onde viviam na Barra da Tijuca.
Quantas vezes conversamos, ele e eu, sobre como seria bom ele adquirir um imóvel no Rio de Janeiro! Naquela primeira quadra dos anos 2000, o mercado imobiliário carioca estava em baixa, os preços muito atraentes, e vários diplomatas que serviam aqui e gostavam da cidade, com seus salários em dólar, puderam fazer aquisições. Kyriakos concordava, parecia interessado, mas não adquiria seu pied-à-terre carioca. Quando voltou embaixador, disse-me lamentar não ter feito a compra de um imóvel, e agora os preços estavam altos. Contudo, já tinha sua casa na Barra e não contava…
Quanto mistério fez nosso amigo Kyriakos, para não nos revelar a existência de Françoise!
Mas ela deu conta disso em seu próprio e grande estilo.
O saudoso embaixador da Grécia, Kyriakos Amiridis, cercado pelas divas Maria Callas e Christiane Torloni, homenageada do camarote, no Olympia Ball do Copa 2016, pois vivia Maria Callas no teatro, e esta colunista, caracterizada de grega da mitologia.
Foto Marcelo Borgongino
… em sociedade tudo se sabe. ISued!
Essas mulheres pantufas (boas para usar em casas e inadequadas para o social)!!
Ele também… vamos combinar.
Hilde, desde a primeira nota em que vc fez essas observações, pertinentes e não preconceituosas, creio que a Polícia deveria juntá-las aos autos do processo. São informações muito relevantes. A própria vítima poderia estar ocultando outros fatos, além da própria companheira. Como diz o velho ditado “tem muito caroço nesse angu”! A Polícia tem capacidade para desvendar, se assim o desejar.
Forçou a barra para entrar num manequim que não lhe cabia.
Há muito a ser investigado nesse caso. Inclusive a estranha coincidência com o outro assassinato . Espero que a polícia o faça. Impressiona a facilidade com que alguém pode tirar a vida de outro e achar que tudo ficará impune. Definitivamente, o ser humano é um mistério para mim.
…Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá….
Quer dizer que porque ela é brasileira da baixada fluminense não tem estirpe?
Quer dizer que Kyriakos devia, por algum motivo que desconheço, evitar apresentá-la aos amigos da sociedade carioca. A geografia não desmerece. O que desmerece é o comportamento, a atitude. A conclusão é sua.