Os mais importantes cirurgiões plásticos do mundo, inclusive o célebre norte-americano dr. Baker, estão reunidos no Rio de Janeiro, em Copacabana, no Sofitel, em congresso internacional presidido pelo dr. Volney Pitombo.
Hoje, às 19 horas, no grande salão do hotel para mais de mil congressistas, será prestada homenagem póstuma ao grande da especialidade, o brasileiro professor Ivo Pitanguy. Sua família estará presente.
Honrarias, homenagens, condecorações, teses, obras, dissertações celebrando o mestre Pitanguy e sua memória notável sempre será pouco, aquém de seu merecimento. Mas necessárias, obrigatórias.
Por isso a importância do lançamento, dia 2, 16h, no âmbito do mesmo congresso, no mesmo Sofitel, do livro “Cirurgia plástica – uma visão de sua amplitude”.
Trata-se do último projeto acadêmico do mestre Ivo Pitanguy, com co-autoria da médica Bárbara Machado, cirurgiã plástica sua colaboradora por longo tempo na Clínica da Dona Mariana, e Henrique Radwanski, pela editora Atheneu.
Com prefácio escrito por Ivo Pitanguy, o livro, cujo texto é baseado na orientação do professor, é todo ilustrado e transmite o conhecimento adquirido nos seus 65 anos de carreira. A obra relata, ponto a ponto, as atualizações das técnicas desenvolvidas pelo professor, ao longo da vida, sua experiência dentro da clínica de Botafogo, deixando para a posteridade médica os princípios utilizados pelo mestre em sua magnífica carreira.
E para vocês, leitores, também admiradores como eu do grande cientista renovador da cirurgia plástica, antecipo o fundamental texto de apresentação escrito pelo mestre, que revela seu pensamento sobre a cirurgia plástica, com toda a sua amplitude de pensamento a respeito da atividade e de seus conhecimentos, que ele sempre distribuiu e compartilhou com generosidade. Os grifos são meus.
Apresentação do livro
“A evolução natural de toda ciência é a expansão do conhecimento e a Medicina talvez represente o grau maior de especificação da informação. Sempre gostei de transmitir meus conhecimentos – uma espécie de missão inerente que continuo levando adiante. Creio ser esta a responsabilidade de quem acredita deter algum saber, e nada é mais revigorante do que transmiti-lo. Este tem sido um dos pilares da minha existência.
Ao escrever um livro, o interesse maior é de abranger os assuntos mais importantes dentro da vivencia diária com a especialidade ao longo dos anos. Entretanto, seria difícil em um só livro cobrir toda a Cirurgia Plástica. Deste modo, com base em minha vivência diante de diversas situações clínicas, compartilho com vocês técnicas que desenvolvi ao longo de minha trajetória profissional e ainda outras técnicas e táticas que permitiram o tratamento adequado de diversos pacientes e deformidades. Não me limito a ensinar técnicas para obter o melhor resultado mas buscando atender os anseios do paciente de forma ética e holística, visando equilibrar corpo e espírito, emoção e razão. Assim se devolve o equilíbrio interno que permite ao paciente sentir-se bem com sua imagem e integrado ao seu grupo social. Esta representa a minha forma de pensar e de exercer a Cirurgia Plástica, ramo nobre da Medicina.
A Cirurgia Plástica tem exercido um papel cada vez mais relevante na sociedade moderna e seu exercício exige grande responsabilidade e conhecimento técnico, pois, como qualquer ato cirúrgico, é complexo. Espero que este livro, fruto de minha experiência ao longo dos anos de prática médica, se torne mais uma ferramenta para aqueles que desejem escolher esta especialidade.
A capa do livro editado por Ivo Pitanguy é obra de seu filho, o artista plástico Bernardo Pitanguy, cujo talento ele incentivava e admirava
Dra. Barbara Machado e o professor Ivo Pitanguy em simpósio sobre faces realizado no Rio de Janeiro em 2014 – foto de Cristina Granato
Hilde,só uma dúvida,que vem me seguindo desde que eu vi colunas sociais antigas.AONDE ESTÁ GILDA SARMANHO????
Hilde, cadê você?
sumiu, dê notícias.
vida segue. radiante e otimista.
você não pode ficar fora do ar.
bjs,
limongi
24 setembro
Era uma tarde em dezembro de 1982 quando recebi a noticia que tinha sido aprovado na dificil selecao para ser residente do
professor Pitanguy,logo fui convocado para se apresentar em sua clinica na rua Dona Mariana,Ao Chegar,logo fui recebido com um aperto de mao forte e um sorriso largo,e simpatico e de pronto dizendo: Gosto de Cearense,e tanto que me casei com uma,a partir dali nasceu uma empatia mutua que se tornou um laco fraterno que por 34 anos,neste mesmo dia ele citou seu sogro,O poeta Faustino Nascimento,ele tem uma poesia que gosto muito:
A BORBOLETA
De uma clareira à borda da floresta,
Que o sol transforma em rútila vinheta,
Toda de azul, como quem vai à festa,
Passa, bailando, a linda borboleta.
—
Uma ninfa, talvez, fugindo à sesta,
Em busca de algum Pan, deusa faceta,
Toda beleza e graça manifesta,
Voejando, entre uma rosa e uma violeta.
—
Não tenta conquistar as altitudes,
Transpor abismos e vencer taludes,
Pois nasceu borboleta e não condor…
—
É que ela busca apenas a quem ama,
E despreza a riqueza, a glória e a fama,
Pois tem tudo na terra, tendo o amor…
Com o real sentimento de AMOR,ele conquistou o mundo,dedicou-se de corpo e alma ao seu ideal,de medico e humanista,a cirurgia plastica era seu oxigenio.Obstinado,Meticuloso,habil,curioso e especialmente carismatico ele criou tecnicas,ensinamentos que serao perpetuados no sentido de melhorar a qualidade de vida da humanidade.No dia a dia era afavel com todos,nao dispensava palavras doces e confortantes a seus pacientes,cultivava o otimismo e a fe na sua “verdade”.O professou criou a maior escola de cirurgia plastica e de vida da atualidade,formou mais de 500 medicos espalhados por todos continentes,recebeu todas as honrarias pois era unanimidade por sua profissao e carater,humilde porem energico,exigentente porem compreensivo,sempre avido pelo conhecimento,sabiamente escutava para depois se pronunciar,todos tem um bom teor,cabe a voce descobri-lo,dizia.Todas quartas feira ia a santa casa pois dedicava este dia para operar os menos favorecidos.
amante das artes e literatura incentivava a todos a cultivar este habito,quando chegei na clinica ele tinha 59 anos,creio que tenha sido seu apice,pois era efervecente o movimento cirurgico,meu convivio era dioturno,todos os dias levavamos para casa um novo ensinamento.Jamais ouvi dele uma palavra que nao fosse para estimular ou engrandecer a todos que o cercavam.Exclamava sempre que acima de tudo era a arte de curar e que a atencao a individualidade faz toda a diferenca na qualidade do resultado,a autoestima cura muitos males,dizia.Admirar o belo,respeitar os limites da vida,amava o que fazia,amanhecia o dia como uma revigorante dadiva divina,um novo ensinamento,seu alimento era o conhecimento e o prazer em compartilhar,aquilo que se faz por amor esta sempre alem do bem e do mal.
Obrigado PROFESSOR
Do sempre Aluno Dr.Carlos Juacaba