Metas e realizações.
Há quatro anos, na entrega do I Prêmio Cesgranrio de Teatro, no Golden Room do Copacabana Palace, havia personalidades representativas e a confiança de que era um bom começo de uma semente que frutificaria. Quem conhece o ânimo empreendedor de Carlos Alberto Serpa sabe que, com ele, os projetos têm prosseguimento. Zezé Polessa ganhou o prêmio de melhor atriz de teatro e Laila Garin de melhor atriz de musical. Foi uma grande vibração. Uma noite espetacular. A classe artística congratulou-se e brindou e gargalhou no Salão Nobre, como poucas vezes eu vi, mesclando famosos antigos com novos valores. Lindo demais. A mídia moscou.
No II Prêmio Cesgranrio, a frequência dobrou. Os coroados triplicaram. O prêmio já era consagrado e consagrador em sua segunda edição. Ney Latorraca proclamou no palco que ele já era a mais importante premiação teatral do Brasil. E ninguém contestou. O Golden Room estava eletrificado da primeira à última fileira de cadeiras, em superlotação. Suzana Faini abiscoitou o troféu de melhor atriz, ah, emoção! A cada anúncio de nome vencedor, era uma apoteose de alegria. O Cesgranrio, além de sua expressão em dinheiro (25 mil para cada vencedor) tinha agora agregado o mais importante dos valores: o prestígio! A mídia fez cócegas.
No III Prêmio Cesgranrio de Teatro, uma revoada de gaivotas origamis cor de laranja ocupou os ares do Salão Nobre do Copacabana Palace encantando os olhares, exaltando as almas com a beleza de sua novidade. Carlos Alberto Serpa, sempre inovador, providenciou mise-en-scène nos moldes da noite do Oscar, com transmissão no palco em tempo real, desde a suposta ‘sala dos julgadores’, onde a apresentadora Claudia Raia, numa grande brincadeira, recolheu ‘os votos’, e veio, seguida pela câmera, dos corredores do hotel até o palco do Golden Room, onde os votos foram anunciados. Tudo muito divertido e palpitante, provocando risos e aplausos. Foi uma noite apoteótica. Nathalia Timberg foi homenageada, e Bibi Ferreira estava lá. Marcos Caruso foi apresentador com Raia. E a mídia despertou.
Esta semana, o IV Prêmio Cesgranrio de Teatro, contemplando as produções de 2016, já veio com ares de tradição. Como nas outras edições, Carlos Alberto Serpa anunciou os próximos projetos. Os anteriores anunciados, todos já foram realizados: A Orquestra Sinfônica Cesgranrio, O Teatro Beth Serpa, voltado para o público infantil, o Teatro Cesgranrio, com 380 lugares, as premiações de artes plásticas e literatura, as produções audiovisuais, o projeto Teatro nas Escolas, levando a arte teatral a toda a rede pública escolar carioca… Desta vez, ele anunciou a construção do Grande Teatro, com 700 lugares, proscênio com 11 ou 12 metros, pé direito possibilitando todos os tipos de urdimentos, profundidade cênica para grandes espetáculos, fosso, coxias, enfim, tudo de que o povo do teatro gosta e precisa no Rio de Janeiro. Será no antigo Le Buffet, no Rio Comprido, que ele está transformando numa Broadway carioca, com seus três teatros. A grande homenageada foi Nicete Bruno, que fez a mais bela das declarações de amor que uma atriz poderia fazer à profissão, e falou estar esperando ainda ser de novo “virada pelo avesso” numa personagem, como Antonio Abujamra fez com ela tantas vezes. A imprensa foi pródiga, correspondeu à expressão conquistada pelo Prêmio, deu-lhe os amplos, merecidos e consagradores espaços.
Algo me diz que a próxima edição do Prêmio Cesgranrio será no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro…
Prêmio Cesgranrio de Teatro: seu nome é Mérito!
Momento ternura e emoção: o encontro de Nicete e Serpa no palco do Golden Room
Beth Serpa vestida por Henrique Filho, seu novo personal designer
Zuleide e Bernardo Cabral
Leticia Birkheuer translumbrou no palco do Golden entregando um troféu
Detalhe fashion mais comentado da night: a bolsinha bordada de Nicete, no mesmo tom de azul do vestido, com que ela subiu ao palco
O grande premiado da noite: o espetáculo Auê
Débora Bloch e Heckel Verri
Os Serpa e Leandro Bellini, o cumprimentado produtor geral e redator do Prêmio Cesgranrio
Fotos Marcelo Borgongino e Veronica Pontes