Prêmio Cesgranrio de Teatro se consagra por seu mérito junto à classe artística nacional

Metas e realizações.

Há quatro anos, na entrega do I Prêmio Cesgranrio de Teatro, no Golden Room do Copacabana Palace, havia personalidades representativas e a confiança de que era um bom começo de uma semente que frutificaria. Quem conhece o ânimo empreendedor de Carlos Alberto Serpa sabe que, com ele, os projetos têm prosseguimento. Zezé Polessa ganhou o prêmio de melhor atriz de teatro e Laila Garin de melhor atriz de musical. Foi uma grande vibração. Uma noite espetacular. A classe artística congratulou-se e brindou e gargalhou no Salão Nobre, como poucas vezes eu vi, mesclando famosos antigos com novos valores. Lindo demais. A mídia moscou.

No II Prêmio Cesgranrio, a frequência dobrou. Os coroados triplicaram. O prêmio já era consagrado e consagrador em sua segunda edição. Ney Latorraca proclamou no palco que ele já era a mais importante premiação teatral do Brasil. E ninguém contestou. O Golden Room estava eletrificado da primeira à última fileira de cadeiras, em superlotação. Suzana Faini abiscoitou o troféu de melhor atriz, ah, emoção! A cada anúncio de nome vencedor, era uma apoteose de alegria. O Cesgranrio, além de sua expressão em dinheiro (25 mil para cada vencedor) tinha agora agregado o mais importante dos valores: o prestígio! A mídia fez cócegas.

No III Prêmio Cesgranrio de Teatro, uma revoada de gaivotas origamis cor de laranja ocupou os ares do Salão Nobre do Copacabana Palace encantando os olhares, exaltando as almas com a beleza de sua novidade. Carlos Alberto Serpa, sempre inovador,  providenciou mise-en-scène nos moldes da noite do Oscar, com transmissão no palco em tempo real, desde a suposta ‘sala dos julgadores’, onde a apresentadora Claudia Raia, numa grande brincadeira, recolheu ‘os votos’, e veio, seguida pela câmera, dos corredores do hotel até o palco do Golden Room, onde os votos foram anunciados. Tudo muito divertido e palpitante, provocando risos e aplausos. Foi uma noite apoteótica. Nathalia Timberg foi homenageada, e Bibi Ferreira estava lá. Marcos Caruso foi apresentador com Raia. E a mídia despertou.

Esta semana, o IV Prêmio Cesgranrio de Teatro, contemplando as produções de 2016, já veio com ares de tradição. Como nas outras edições, Carlos Alberto Serpa anunciou os próximos projetos. Os anteriores anunciados, todos já foram realizados: A Orquestra Sinfônica Cesgranrio, O Teatro Beth Serpa, voltado para o público infantil, o Teatro Cesgranrio, com 380 lugares, as premiações de artes plásticas e literatura, as produções audiovisuais, o projeto Teatro nas Escolas, levando a arte teatral a toda a rede pública escolar carioca…  Desta vez, ele anunciou a construção do Grande Teatro, com 700 lugares, proscênio com 11 ou 12 metros, pé direito possibilitando todos os tipos de urdimentos, profundidade cênica para grandes espetáculos, fosso, coxias, enfim, tudo de que o povo do teatro gosta e precisa no Rio de Janeiro. Será no antigo Le Buffet, no Rio Comprido, que ele está transformando numa Broadway carioca, com seus três teatros. A grande homenageada foi Nicete Bruno, que fez a mais bela das declarações de amor que uma atriz poderia fazer à profissão, e falou estar esperando ainda ser de novo “virada pelo avesso” numa personagem, como Antonio Abujamra fez com ela tantas vezes. A imprensa foi pródiga, correspondeu à expressão conquistada pelo Prêmio, deu-lhe os amplos, merecidos e consagradores espaços.

Algo me diz que a próxima edição do Prêmio Cesgranrio será no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro…

Prêmio Cesgranrio de Teatro: seu nome é Mérito!

Momento ternura e emoção: o encontro de Nicete e Serpa no palco do Golden Room

Beth Serpa vestida por Henrique Filho, seu novo personal designer

Zuleide e Bernardo Cabral

Leticia Birkheuer translumbrou no palco do Golden entregando um troféu

Detalhe fashion mais comentado da night: a bolsinha bordada de Nicete, no mesmo tom de azul do vestido, com que ela subiu ao palco  

O grande premiado da noite: o espetáculo Auê

Débora Bloch e Heckel Verri

Os Serpa e Leandro Bellini, o cumprimentado produtor geral e redator do Prêmio Cesgranrio

Fotos Marcelo Borgongino e Veronica Pontes 

Rio 40º, homens de saias kilt, tocando gaitas de fole

Naquela tarde, o Rio de Janeiro deu uma trégua ao calor intenso e providenciou uma brisa, um sopro marinho vindo lá de longe do Atlântico, pra lá do Morro Cara de Cão, da Fortaleza de São João, bem além de Niterói.

Um ventinho leve, que se espraiava pela Urca, ao pé do Pão de Açúcar, vinha contornando a enseada de Botafogo, o Morro da Viúva, até acariciar as copas das árvores do Parque do Flamengo e bater nas sacadas dos apartamentos da Praia do Flamengo…

Assim, o almoço de despedida para o cônsul-geral do Canadá, Sanjeev Chowdhury, e seu companheiro, o chef vietnamita Kiet To, em que os paletós e as gravatas foram dispensados, o único calor foi mesmo o da amizade e o da saudade já previamente sentida.

Verdade que o ar refrigerado forte, nas salas e varanda do almoço sentado, também ajudou, que seguro morreu de velho e ninguém é de ferro.

De Brasília, veio o embaixador do Canadá, Rick Savone. De São Paulo, o cônsul-geral, Stephane Larue, e a consulesa, Karine. A nova cônsul-geral no Rio de Janeiro, Evelyne Coulombe, e Craig, já instalados na cidade com os filhos, também presentes. Assim como a jornalista, correspondente canadense, Stephanie Nolen.

O presidente da Brookfield no Brasil, Luís Simões Lopes. O ex-Motion Pictures e atual Rio Filmes, Steve Solot, com Kate Lyra –  “brasileiro é tão bonzinho”. Da ‘troika’ de assessores de Turismo do prefeito Crivella, o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Paulo Manoel Protásio. O ex-presidente da ACRJ, Antenor Barros Leal, com Silvia.

O presidente da Rede Copacabana Praia de Hotéis, Aloysio Maria Teixeira, e Joanna. O diretor do Projeto Música no Museu, Sérgio Costa e Silva, com Ignês; os médicos Volney Pitombo, Francisco Barreira (com Alice Tamborindeguy), Rawlson de Thuin e Fabio Cuiabano; a museóloga Vera Tostes; os casais Claudio Aboim, Gilson Araújo, Gilson Araújo Jr. eram alguns entre os 50 amigos de Sanjeev, convidados da tarde.

Houve discursos. Num deles, a anfitriã parodiou letra de canção do canadense Leonard Cohen e leu as palmas das mãos dos homenageados, “adivinhando” que em futuro muito próximo eles passarão seis meses em Paris, aprimorando saberes vários. De fato, é para lá que Kiet e Sanjeev embarcam hoje.  Depois, retornarão ao Canadá, para Chowdhury servir ao seu ministério, com o brilho e a lealdade que caracterizam seu caráter.

Prosseguindo a leitura das mãos, a ‘quiromante’ predestinou a enorme falta que todos sentirão daqueles que se despedem, e previu que o Canadá estará bem representado, no Rio de Janeiro, pela nova cônsul-geral, Evelyne Coulombe, parabenizando o embaixador Rick Savone por ter bem encaminhado a sucessão consular.

Bem, a sobremesa já estava servida e, quando todos pensavam que a festa terminava, eis que – surpresa! – adentrou o salão a magnífica Brazilian Piper Band, músicos vestidos a caráter com seus saiotes kilt, meias ¾ e boinas, tocando hinos e músicas típicas em gaitas de fole, tradição praticada em toda a British Commonwealth de Sua Majestade, a rainha Elizabeth II, da qual o Canadá é parte.

Emoção, frisson, arrepios. Alguns olhos enternecidos, molhados até. Abraços de amizade verdadeira. E assim Sanjeev e Kiet se despediram da cidade.

1 – Na sala de jantar, eram 20 lugares marcados… 2 – Os homenageados, Kiet To e Sanjeev Chowdhury… 3 – Evelyne Coulombe e Francis Bogossian… 4 – Volney Pitombo e Antenor Barros Leal… 5 – Buffet nos aparadores…

Fotos de Mr. A.

Marisa Letícia Lula da Silva: as palavras que precisavam ser ditas

Pedindo desculpas aos leitores por este blog ter ficado algumas horas fora do ar, ontem e hoje, devido ao acúmulo de acessos

SIMULTÂNEOS,

excedendo o número de 11 mil acessos ao mesmo tempo, o que provocou seu ‘travamento’, reproduzo aqui o meu texto publicado em  “Marisa Letícia Lula da Silva: as palavras que precisavam ser ditas”, O que deu motivo A este “engarrafamento virtual”.

O problema não se repetirá, pois este blog doravante terá acesso ilimitado

***

Foram oito anos de bombardeio intenso, tiroteio de deboches, ofensas de todo jeito, ridicularia, referências mordazes, críticas cruéis, calúnias até. E sem o conforto das contrapartidas. Jamais foi chamada de “a Cara” por ninguém, nem teve a imprensa internacional a lhe tecer elogios, muito menos admiradores políticos e partidários fizeram sua defesa. À “companheira” número 1 da República, muito osso, afagos poucos. Ah, dirão os de sempre, e as mordomias? As facilidades? O vidão? E eu rebaterei: E o fim da privacidade? A imprensa sempre de olho, botando lente de aumento pra encontrar defeito? E as hostilidades públicas? E as desfeitas? E a maneira desrespeitosa com que foi constantemente tratada, sem a menor cerimônia, por grande parte da mídia? Arremedando-a, desfeiteando-a, diminuindo-a? E as frequentes provas de desconfiança, daqui e dali? E – pior de tudo – os boatos infundados e maldosos, com o fim exclusivo e único de desagregar o casal, a família? Ah, meus queridos, Marisa Letícia Lula da Silva precisou ter coragem e estômago para suportar esses oito anos de maledicências e ataques. E ela teve.
Começaram criticando-a por estar sempre ao lado do marido nas solenidades. Como se acompanhar o parceiro não fosse o papel tradicional da mulher mãe de família em nossa sociedade. Depois, implicaram com o silêncio dela, a “mudez”, a maneira quieta de ser. Na verdade, uma prova mais do que evidente de sua sabedoria. Falar o quê, quando, todos sabem, primeira-dama não é cargo, não é emprego, não é profissão? Ah, mas tudo que “eles” queriam era ver dona Marisa Letícia se atrapalhar com as palavras para, mais uma vez, com aquela crueldade venenosa que lhes é peculiar, compará-la à antecessora, Ruth Cardoso, com seu colar poderoso de doutorados e mestrados. Agora, me digam, quantas mulheres neste grande e pujante país podem se vangloriar de ter um doutorado? Assim como, por outro lado, não são tantas as mulheres no Brasil que conseguem manter em harmonia uma família discreta e reservada, como tem Marisa Letícia. E não são também em grande número aquelas que contam, durante e depois de tantos anos de casamento, com o respeito implícito e explícito do marido, as boas ausências sempre feitas por Luís Inácio Lula da Silva a ela, o carinho frequentemente manifestado por ele. E isso não é um mérito? Não é um exemplo bom?
Passemos agora às desfeitas ao que, no entanto, eu considero o mérito mais relevante de nossa ex-primeira-dama: a brasilidade. Foi um apedrejamento sem trégua, quando Marisa Letícia, ao lado do marido presidente, decidiu abrir a Granja do Torto para as festas juninas. A mais singela de nossas festas populares, aquela com Brasil nas veias, celebrando os santos de nossas preferências, nossa culinária, os jogos e as brincadeiras. Prestigiando o povo brasileiro no que tem de melhor: a simplicidade sábia dos Jecas Tatus, a convivência fraterna, o riso solto, a ingenuidade bonita da vida rural. Fizeram chacota por Lula colar bandeirinhas com dona Marisa, como se a cumplicidade do casal lhes causasse desconforto. Imprensa colonizada e tola, metida a chique. Fazem lembrar “emergentes” metidos a sebo que jamais poderiam entender a beleza de um pau de sebo “arrodeado” de fitinhas coloridas. Jornalistas mais criteriosos saberiam que a devoção de Marisa pelo Santo Antônio, levado pelo presidente em estandarte nas procissões, não é aprendida, nem inventada. É legitimidade pura. Filha de um Antônio (Antônio João Casa), de família de agricultores italianos imigrantes, lombardos lá de Bérgamo, Marisa até os cinco de idade viveu num sítio com os dez irmãos, onde o avô paterno, Giovanni Casa, devotíssimo, construiu uma capela de Santo Antônio. Até hoje ela existe, está lá pra quem quiser conferir, no bairro que leva o nome da família de Marisa, Bairro dos Casa, onde antes foi o sítio de suas raízes, na periferia de São Bernardo do Campo. Os Casa, de Marisa Letícia, meus amores, foram tão imigrantes quanto os Matarazzo e outros tantos, que ajudaram a construir o Brasil.
Outro traço brasileiro dela, que acho lindo, é o prestígio às cores nacionais, sempre reverenciadas em suas roupas no Dia da Pátria. Obras de costureiros nossos, nomes brasileiros, sem os abstracionismos fashion de quem gosta de copiar a moda estrangeira. Eram os coletes de crochê, os bordados artesanais, as rendas nossas de cada dia. Isso sim é ser chique, o resto é conversa fiada. No poder, ao lado do marido, ela claramente se empenhou em fazer bonito nas viagens, nas visitas oficiais, nas cerimônias protocolares. Qualquer olhar atento percebe que, a partir do momento em que se vestir bem passou a ser uma preocupação, Marisa Letícia evoluiu a cada dia, refinou-se, depurou o gosto, dando um olé geral em sua última aparição como primeira-dama do Brasil, na cerimônia de sábado passado, no Palácio do Planalto, quando, desculpem-me as demais, era seguramente a presença feminina mais elegante. Evoluiu no corte do cabelo, no penteado, na maquiagem e, até, nos tão criticados reparos estéticos, que a fizeram mais jovem e bonita. Atire a primeira pedra a mulher que, em posição de grande visibilidade, não fez uma plástica, não deu uma puxadinha leve, não aplicou uma injeçãozinha básica de botox, mesmo que light, ou não recorreu aos cremes noturnos. Ora essa, façam-me o favor!
Cobraram de Marisa Letícia um “trabalho social nacional”, um projeto amplo nos moldes do Comunidade Solidária de Ruth Cardoso. Pura malícia de quem queria vê-la cair na armadilha e se enrascar numa das mais difíceis, delicadas e técnicas esferas de atuação: a área social. Inteligente, Marisa Letícia dedicou-se ao que ela sempre melhor soube fazer: ser esteio do marido, ser seu regaço, seu sossego. Escutá-lo e, se necessário, opinar. Transmitir-lhe confiança e firmeza. E isso, segundo declarações dadas por ele, ela sempre fez. Foi quem saiu às ruas em passeata, mobilizando centenas de mulheres, quando os maridos delas, sindicalistas, estavam na prisão. Foi quem costurou a primeira bandeira do PT. E, corajosa, arriscou a pele, franqueando sua casa às reuniões dos metalúrgicos, quando a ditadura proibiu os sindicatos. Foi companheira, foi amiga e leal ao marido o tempo todo. Foi amável e cordial com todos que dela se aproximaram. Não há um único relato de episódio de arrogância ou desfeita feita por ela a alguém, como primeira-dama do país. A dona de casa que cuida do jardim, planta horta, se preocupa com a dieta do maridão e protege a família formou e forma, com Lula, um verdadeiro casal. Daqueles que, infelizmente, cada vez mais escasseiam.
Este é o meu reconhecimento ao papel muito bem desempenhado por Marisa Letícia Lula da Silva nesses oito anos. Tivesse dito tudo isso antes, eu seria chamada de bajuladora. Esperei-a deixar o poder para lhe fazer a Justiça que merece.

DONA MARISA E LULA Marisa Letícia Lula da Silva: as palavras que precisavam ser ditas

Lula e Marisa Letícia da Silva. Foto: reprodução

Marisa Letícia 2 Marisa Letícia Lula da Silva: as palavras que precisavam ser ditas

O estilo de dona Marisa Letícia evoluiu ao longo do período em que foi primeira-dama. Na montagem acima, bons momentos em que demonstrou sua elegância.

Marisa Letícia1 Marisa Letícia Lula da Silva: as palavras que precisavam ser ditas

Marisa Letícia soube valorizar o artesanato brasileiro na moda como nenhuma outra primeira-dama. Vejam, nos looks acima, a bolsa é de fuxico e as rendas são tipicamente brasileiras.

20090925214420 106617 large marisa leticia e michelle obama Marisa Letícia Lula da Silva: as palavras que precisavam ser ditas

Com Michelle Obama. Duas lindas mulheres. Foto: reprodução

Despedindo de Rosely de Thuin, vítima da E.L.A.

Rosely Eleonora de Thuin era uma linda e jovem mulher, que teve a pouca sorte de contrair a E.L.A., doença terrível, que vai paralisando os movimentos, imobilizando as possibilidades, congelando a vida, até inviabilizá-la completamente, e isso sob um martírio indescritível.

Rosely passou por isso durante quatro longos anos. Próxima ao término, só se comunicava através do computador, quando tudo o que pedia ao irmão, Rawlson, que amorosamente a acompanhou todo o tempo, era para ser levada à Suíça. No desespero de quem não suportava mais a sua vida aprisionada num corpo inerte, queria viajar para o país onde podia se submeter a uma eutanásia. Rawlson desculpou-se: “Irmãzinha, sou médico, última pessoa a quem você deveria pedir isso”.

E lá estava Rawlson, ontem, cumprindo sua última missão nessa via crucis, na missa de sétimo dia, na Igreja Nossa Senhora da Paz…

“Via, Veritas, Vita”, “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, disse o padre, lembrando-nos Cristo e a verdade inexorável, a de que todos nós, ali presentes, um dia seremos aquele ali ausente.

Foi um belo sermão sobre a humildade como princípio e essência de vida. Com palavras melhores que as minhas, o padre falou da inutilidade do orgulho e do egocentrismo, pois ao pó retornaremos, afinal.  Falou o tempo certo para nos iluminar com seu conhecimento, e talvez por humildade dispensou elogios a quem quis cumprimentá-lo pela homilia. Na hora de ministrar a comunhão, foi restritivo: apenas para os católicos praticantes, que frequentassem as missas em todos os domingos e feriados, tivessem as confissões em dia e não se deixassem seduzir por outras religiões. Mesmo assim, foi longa a fila de bocas famintas da hóstia consagrada.

Rosely, na missa de ontem, às seis e meia da tarde, foi nosso caminho, nossa verdade, nossa revelação da vida. Muito obrigada a ela.

Rosely de Thuin e seu irmão, Rawlson, em foto de Franklyn Toscano

Deputada médica obtém recursos para Museu do Inconsciente criado pela dra. Nise da Silveira

Quando o poder público quer, o poder público consegue. Através de emenda parlamentar da deputada federal e médica Jandira Feghali (PCdoB/RJ) ao Orçamento da União, foram obtidos recursos na ordem de R$ 620 mil, do Fundo Nacional de Saúde, para o Museu da Imagem do Inconsciente, no Rio de Janeiro. Esse apoio providencial será usado para a compra de equipamentos e materiais do Museu, situado no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira (antigo Centro Psiquiátrico Pedro II), cuja atuação tem provado sua grande importância para a saúde mental.
Tendo entre seus trabalhos mais conhecidos a obra de Arthur Bispo do Rosário, o acervo do Museu reúne mais de 350 mil pinturas desenhos, modelagens, xilogravuras. Em seu gênero, é das maiores e mais diferenciadas coleções do mundo, que merece e deve ser conhecida por todos.
A obra da dra. Nise foi recentemente ‘visitada’ pela cinematografia e retratada em filme estrelado por Gloria Pires, sobre o trabalho revolucionário da psiquiatra brasileira, que recuperava e resgatava vidas e mentes, através de método pioneiro, absolutamente sem recursos, mesclando terapia ocupacional, arte, convívio afetuoso e respeito.
Congrats, deputada Feghali, bela iniciativa!
Jandira Feghali, a médica deputada, propôs emenda e obteve apoio para o Museu do Inconsciente e sua importante atuação na psiquiatria 
Nise da Silveira, a grande dama das mentes humanas, do Hospital Pedro II ao Museu do Insconsciente
Arthur Bispo do Rosário e seus bordados, que gritam e clamam o quanto podem fazer pelas mentes fragilizadas o respeito, o carinho, a atenção, a oportunidade da arte

AS LUVAS AZUIS DE MELANIA

Guia prático e ilustrado para bem se enluvar…

As luvas, desde a posse de Donald Trump na última sexta-feira, caíram na boca do povo da moda, de quem gosta de moda, de quem entende e de quem não entende dela. E delas, as luvas.

Comparações do look da nova primeira-dama Malania Trump com Jacqueline Kennedy não faltaram. Vestindo um conjunto de bolero e tubinho azul bebê assinado por Ralph Lauren, Melania preferiu seguir a linha extremamente clássica e optou por usar luvas e sapatos na mesma cor da roupa. Por trás dessa escolha, já podemos confirmar que Melania não é de surpresas, nem tão pouco ousada quanto a ex-primeira dama Michelle, que costumava usar luvas contrastando com as roupas, num look mais trendy.

Melania, apesar de muito bela, parecia ter saído de uma caricatura da década de 60. Na tentativa de se parecer – forçadamente – com Jacqueline Kennedy, a primeira-dama, ou melhor, seu stylist, acabou pecando pela falta de originalidade. O que vimos ali foi um look datado. Talvez seja isso mesmo o que este novo governo de Trump represente. As roupas também exprimem significados e devemos estar sempre atentos.

Em se tratando de luvas, usá-las da mesma cor que a roupa não é um erro. Apenas, é  datado. Nas décadas de 40 e 50 era habitual. Havia espaço, também, para luvas ton-sur-ton. Mas isso não era uma regra. Muitas mulheres optavam por luvas brancas ou pretas. Em geral, as pretas, eram para looks de festa, à noite. As luvas curtas e/ou ¾ eram usadas apenas durante o dia, as longas, exclusivamente para a noite. Hoje, não há tanto rigor.

Grace Kelly e Jacqueline Kennedy eram fãs de luvas brancas e gostavam de vesti-las contrastando com o look.

As luvas caíram em desuso por volta dos anos 60. Primeiro, pararam de ser usadas nos eventos diurnos. Posteriormente nos noturnos. Contudo, continuaram a ser usadas em eventos de grande gala, sobretudo, nas cortes europeias, nas solenidades oficiais obedecendo a protocolos. Nos países tropicais, como o Brasil, elas foram sumariamente abolidas; passaram a ter seu uso apenas pelo pessoal de serviço em ocasiões de grande importância, garçons, maîtres etc., ou para proteção das mãos no frio ou condução de motos, automóveis, além de alguns esportes, como o boxe, a equitação e a esgrima, por exemplo.

Até hoje, há um protocolo rigoroso que deve ser obedecido por quem usa luvas, como não se servir de alimentos com as mãos enluvadas, além de não usar anel, pulseira ou relógio por cima delas. Na hora dos cumprimentos, é educado retirar as luvas. O que as majestades e mulheres de dignitários não fazem, como nos acostumamos a ver nas fotos da Rainha Elizabeth II e nas recepções da Casa Branca.

No Brasil, a elegante que mais pratica a arte de se enluvar é Fernanda Basto. E faz isso com grande classe.

Abaixo, algumas inspirações antigas e atuais:

 

 

O pioneirismo de Zuzu ecoa mundo afora

Via Instituto Zuzu Angel

No último People’s Choice Awards, que premia séries, músicas e filmes da cultura pop americana, a atriz Jamie Chung usou um vestido belíssimo de rendas brasileiras, da estilista Martha Medeiros. O pioneirismo de Zuzu do anos 60 caminhou a long, long way até o red carpet, numa bem-sucedida criação de Martha. Zuzu, foi a primeira estilista brasileira a trabalhar as rendas nacionais, em uma época que todos se voltavam para a Moda parisiense. Esses vestidos transgrediram o clássico, propondo a brasilidade das nossas rendas singelas.

Martha tem feito bastante sucesso lá fora e já vestiu nomes como Jessica Alba e Sofia Vergara.

Abaixo, o vestido usado por Chung, assinado por Martha Medeiros e os vestidos de renda do Norte, de Zuzu Angel, da década de 70.

 

 

5 meninas bordadeiras pra grudar desde já!

Via Instituto Zuzu Angel

O bordado foi uma das grandes paixões de Zuzu Angel. Foi através dele que ela se expressou em sua mais icônica coleção, na década de 70, denunciando ao mundo sua dor como mãe pelo desaparecimento de seu filho, Stuart, e os horrores da Ditadura Militar Brasileira.

De um tempinho pra cá, o bordado voltou à cena, atraindo, especialmente, os mais jovens, que cada vez mais vem se interessando pelos ofícios manuais, como a tecelagem, o crochê, a costura. Há um grande interesse por parte das novas gerações em aprender essas técnicas. Não é a toa, que estamos vivendo um verdadeiro boom de novos artistas de bordado. Mas esqueça a Moda. Os bordados da vez não necessariamente adornam roupas. A decoração é a grande vedete. Ter um bordado pendurado na parede da sala passou a ser um “statement”. O bastidor é a moldura, o tecido é a tela e a agulha, o pincel.

Selecionamos 5 meninas bordadeiras talentosas pra você seguir no Instagram! 😉
Dá uma olhada:
.

Vazou depoimento da Kardashian à polícia francesa: estava nua por baixo do robe no assalto – ah, essas Kardashian!

Vazou para a imprensa o depoimento de Kim Kardashian à Polícia, na delegacia em Paris, sobre o assalto sofrido por ela. O conteúdo foi publicado ontem, no Le Journal du Dimanche, da França, vertido para o inglês, pelo WWD, e neste minuto para o português, por esta que vos escreve.

Foi nas primeiras horas da manhã de 3 de outubro passado, quando ela ouviu passos fora de seu apartamento e gritou. Como ninguém respondeu, ela ligou para seu guarda-costas, eram 2h46m da madrugada. Imediatamente após isso, dois homens mascarados, usando coletes da polícia, entraram em seu quarto e a amarraram. Um deles, usando óculos de esqui, pediu seu anel. Ela agiu como se não soubesse do que ele estava falando, mas quando ele mostrou uma arma, ela apontou para seu anel de noivado, da joalheria Lorraine Schwartz, de US$ 4 milhões, numa mesa próxima (o anel é famoso, a mídia falou muito sobre ele).

“Ele apontou a arma para mim, pegou o anel. Estava usando luvas e me perguntou onde estavam as jóias e o dinheiro”, disse Kim. “Eles me pegaram e me levaram para o saguão de entrada, eu estava usando um roupão de banho, nua por baixo. Então, voltamos para a sala e eles me empurraram para a cama, onde me amarraram com cabos de plástico e fita adesiva nas mãos. Então, eles passaram a fita na minha boca e nas pernas e me levaram para o meu banheiro. Para ser precisa, para minha banheira”, ela prosseguiu.

Kim acrescentou que, entre os itens roubados, estavam duas pulseiras de diamante; um colar de ouro e diamantes e uma cruz cravejada de diamantes; um conjunto de colar de diamantes com um par de brincos de diamantes, da Lorraine Schwartz; um relógio de ouro amarelo Rolex, e um colar com o nome de seu filhinho, Saint, soletrado em diamantes.

Na época do relatório à Polícia, ela avaliava os bens roubados em cerca de US$ 5 milhões (metade dos US$ 10 milhões relatados anteriormente).

Desde então a polícia francesa deteve 17 suspeitos, que ela acredita serem os responsáveis pelo assalto.

Kim Kardashian e o baby Saint, que ficou sem seus diamantes

O anel de noivado, diamante de 15 quilates com lapidação de esmeralda

Nem religiosa de hábito nem santa de oratório, Gisella vai marcando o tempo da sua vida com atos de amor ao próximo

A Arquidiocese do Rio de Janeiro acaba de contemplar Gisella Amaral com o Prêmio Especial São Sebastião 2016, sua mais alta honraria.

Ainda não foi anunciada a data, bem como não foi revelado o local da entrega da homenagem.

Gisella Amaral, a grande dama da bondade

Nem religiosa de hábito nem santa de oratório, Gisella, a grande dama da bondade, vai marcando o tempo da sua vida com atos cotidianos de amor ao próximo – alguns grandiosos, outros pequeninos. O que pode significar alegrar a vida dos velhinhos de um asilo (durante vários natais seguidos levou o rei Roberto Carlos para festejar o Natal da Casa São Luiz), a campanha de prevenção do câncer de mama (saiu em périplo pelo país, fazendo palestras, dando o depoimento pessoal, na campanha Outubro Rosa), a ajuda ao Banco da Providência (criou o Arraial da Providência, para compensar o prejuízo com a queda do movimento da Feira da Providência) e as múltiplas ações construtivas de sua obra social SorRio.

Dona de grande criatividade na promoção de eventos, capaz de agregar pessoas de forte expressão, celebridades, benfeitores, lideranças empresariais, Gisella é um motor propulsor do bem, uma força para a caridade, locomotiva para as ações da Igreja Católica, e aberta a ajudar seja qual for a religião das carências, porque, afinal, bondade não vê fé, não vê time de futebol, raça ou sexo.

Daqui, meus aplausos entusiasmados pelo acerto do Conselho Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro, na concessão deste Prêmio Especial.

Viva a Gisella Amaral!