Palhas sem fim!

Via Instituto Zuzu Angel

As palhas reapareceram com tudo nessa última temporada Spring/Summer 17 do hemisfério norte, tanto nas passarelas quanto no street style, e prometem ser febre por aqui também, ainda neste verão!

A bolsa de palha é a estrela, principalmente, em versões mini, tipo cestinha e baldinho (pense em Jane Birkin nos anos 60!).

A palha é um acessório perfeito pro clima brasileiro, ainda mais quando possui design único e contemporâneo, fora do comum, como é o caso da marca-sensação, no radar das meninas mais descoladas do jetset, a carioca WaiWai, com suas versões em shape redondinho, algumas delas misturando acrílico. Outras bolsas graciosas, são as da Nannacay, em versões multicoloridas e com pompons. Tem, também, espaço pras viseiras e chapéus chics da neomarca Palea e Brasilis.

Confira e se inspire! 😉

Jane Birkin

 

WaiWai

 

Nannacay

 

Palea e Brasilis

 

 

Sob o Sol de Ipanema, foi dada a partida no Festival Bye-Bye Sanjeev, o diplomata que aditivou nossas relações com o Canadá!

A vida nos ensina a cada momento, às vezes duramente, que nada daquilo que mais prezamos é definitivo. Amores, familiares, relações, endereços, admirações, posição, fortuna, saúde, formosura, poder, tudo, tudo passa, tudo muda. É a inflexível ‘lei da evolução’. Que em algumas situações pode significar ‘da involução’. Como agora acontece, com a mudança do cônsul-geral do Canadá, Sanjeev Chowdhury, concluindo sua missão – longa – em nosso estado, e cedendo seu posto para uma sucessora, no próximo janeiro.

O choque será duro para quem se acostumou ao convívio com sua inteligência rara, o senso de humor refinado, os seus hilários speeches de improviso, cujas espirituosidade e franqueza desconcertam àqueles que esperam de um diplomata a formalidade de um ovo na boca.

Extraordinariamente capaz, o diplomata Chowdhury, em cinco anos, estreitou os laços entre o Canadá e o Brasil, que passam pelo Rio de Janeiro. Multiplicou os intercâmbios em todas as áreas. Turismo, ensino, cultura, negócios e esporte (e como! – com a Copa e as Olimpíadas!). Sua residência, no Jardim Pernambuco, transformou-se num ponto permanente de encontro de grandes empresários de seu país e de brasileiros, sempre recebidos por Sanjeev e seu companheiro Kie To, de modo fraterno e elegante, sem exageros ou ostentações, à melhor maneira sóbria do Canadá. Um chef canadense assinando os menus, e Kie To, que é excelente chef vietnamita, algumas vezes nos brindando com delícias de seu país nos aperitivos.

Vamos, sim, morrer de saudades daquelas confraternizações no Jardim Pernambuco, onde podíamos encontrar alguns dos mais importantes empresários brasileiros, autoridades canadenses, educadores, gente da mídia, o corpo diplomático acreditado no Rio, personalidades da sociedade carioca, enfim, um mix que só um diplomata traquejado sabe proporcionar.

Mais do que tudo, vamos sentir a ausência do bom amigo, que do Rio segue para um ano sabático. Seis meses de estudos em Paris, seis meses em seu Canadá. E ao fim de um ano assumirá suas novas funções no Ministério das Relações Exteriores canadense. Como sempre, de modo brilhante.

E o carinhoso “bota fora” já começou. Quem deu a partida foi Antenor Barros Leal, o ex-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, que recebeu com Silvia, lotando o restaurante do Hotel Sol Ipanema, e aquele vistão entrando janela adentro, pra dizer um luminoso good-bye ao Sanjeev!

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Sanjeev Chowdhury, o cônsul-geral do Canadá, e Silvia Barros Leal, a anfitriã do almoço de despedida do diplomata, no Hotel Sol Ipanema

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Antenor Barros Leal deu a partida no Festival Sanjeev de Despedidas, lotando o Sol Ipanema com empresários, sobretudo, e falou, não do cônsul, mas do amigo que vai deixar o Rio

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Antecedendo aos discursos, foi realizada uma leitura do longo currículo do homenageado, pelo jovem reitor da Unisuam, Arapuan Neto, que concedeu ao diplomata Sanjeev Chowdhury o título doutor Honoris Causa

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Entre os amigos e admiradores de Sanjeev presentes estava o presidente da Vale, Murilo Ferreira, na ponta da mesa, a quem coube uma surpresa à sobremesa…

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Em nome do Governador Geral do Canadá, o cônsul-geral Sanjeev entregou a Murilo Ferreira, presidente da Vale, a Medalha Canadense, condecoração altamente honorífica do seu país, que raros brasileiros possuem. Participam da foto, o cônsul-geral em São Paulo, Stéphane Larue, e Antenor Barros Leal.

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Sanjeev discursa e Vera Tostes, do Conselho de Cultura da Associação Comercial, assiste

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O consulado do Canadá muito bem representado por Murilo Veiga e Roman Szelazek, autor destas fotos

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De presente do casal Barros Leal, Sanjeev recebeu uma aquarela pintada por Silvia, onde se vê o telhado de sua casa no Jardim Pernambuco. Ela mora bem em cima, no Alto Leblon. Belo souvenir para levar para o Canadá.

Fotos de Roman Szelazek

As 6 profissões do futuro da Moda

Via Instituto Zuzu Angel

Quando se fala em carreira de Moda, algumas delas estão no topo da lista: estilista, stylist, editor, comprador e fotógrafo costumam ser as mais citadas, não é mesmo? Mas quem trabalha na área, sabe que há um leque enorme de opções pra se especializar.

A indústria da Moda está em constante evolução. Especialmente, nos últimos 10 anos, ela vem cada vez mais repensando sua maneira de produzir, revendo processos e plasmando um futuro mais transparente e com propósito. Quem não se adaptar aos novos tempos, ficará pra trás.

Vislumbrando o amanhã, o site referência The Business of Fashion listou, recentemente, as 6 profissões do futuro da Moda. A gente conta aqui e agora pra você!



1- Engenheiro de Impressão 3D: a impressora 3D surge como uma opção interessante e inovadora no que diz respeito à manufatura, especialmente no mundo dos acessórios (no têxtil, ela ainda precisa evoluir bastante, tornando o aspecto das peças de roupa mais natural e com toque maleável). No caso dos acessórios, o uso da impressora 3D, muito em breve, tornará o processo de produção mais veloz e barato, facilitando a ascensão de novos designers. Já pensou quando você puder ter uma impressora 3D na sua casa, podendo imprimir suas próprias peças? E por trás de toda tecnologia, é necessário algum especialista que estudou, desenvolveu e aperfeiçoou o equipamento, enfim, alguém que entenda tudo sobre o assunto. Essa pessoa seria o engenheiro de impressão 3D.

2. Psicólogo do consumidor: a roupa diz muito da nossa personalidade, não é mesmo? Através dela, nos mostramos para o mundo, revelando o que somos e o que sentimos. O psicólogo da moda aplica teorias da psicologia ao que vestimos, entendendo que as nossas escolhas exercem influencia não só nas nossas emoções, mas, também, na maneira como interagimos com o outro.

3. Cientista de dados: atualmente, muitas marcas estão migrando das análises convencionais de estatística para o que chamamos de “inteligência artificial”, para entender o comportamento dos consumidores e antecipar tendências de uma maneira mais inteligente e agrupada. Por exemplo, quando um consumidor busca por “Red Valentino dress”, será que ele deseja um vestido vermelho da Valentino ou um vestido da marca “Red Valentino”? O cientista de dados consegue responder esse tipo de questão. Quem está interessado em seguir por essa área, precisa entender, sobretudo, de ciência da computação e física.

4. Pesquisador e desenvolvedor têxtil: a evolução da moda se dará, principalmente, através dos tecidos. Cada vez mais, as marcas buscam novas tecnologias têxteis para atender às necessidades cotidianas de seus consumidores. Não basta ser só uma roupa bonitinha…Se tiver funcionalidade, ela será ainda melhor! Tecnologias que impactem na performance, que tragam benefícios estéticos e que sejam sustentáveis são a chave pro futuro. Muitas delas, inclusive, já são uma realidade. Por exemplo, um tecido 100% biodegradável que se decomponha em aterros sanitários, um tecido que possa agir na microcirculação e ajude a combater as celulites, ou, ainda, que não fique com mal odor ao entrar em contato com o suor. Já tem até tecido com repelente! Tudo isso, só é possível graças aos pesquisadores e desenvolvedores têxteis.

5. Especialista em sustentabilidade: muitas marcas de moda, inclusive, as grandes do varejo, estão colocando o assunto em pauta, priorizando ações sustentáveis, ainda que pequenas. Desperdício e poluição não estão com nada, são modelos ultrapassados. Muitos consumidores têm se tornado mais conscientes em suas decisões de compra, exigindo das marcas transparência. Quem não se adequar aos novos tempos, vai ficar pra trás.

6. Personal Stylist: o personal stylist já é bastante conhecido na Indústria. Em um passado não muito distante, ele era um privilégio apenas de estrelas e milionários, mas com o advento e a popularização dos e-commerce, muitas marcas vem tentando oferecer o serviço de styling como um diferencial, pra que a experiência de compra se torne mais atrativa e menos impessoal. Com a ajuda de engenheiros e cientistas de dados, o stylist poderá ajudar cada vez mais pessoas através da combinação poderosa entre comunicação e algoritmos que irão trabalhar em grande escala.

Cinco acervos de Moda pra você fuçar online

Via Instituto Zuzu Angel

Já pensou viajar o mundosem sair de casa e ainda aprender sobre História da Moda e da Indumentária? Com o avanço da tecnologia, isso já é uma realidade. Selecionamos cinco acervos online de Moda pra você se acabar! Enquanto o nosso Museu da Casa Zuzu Angel não fica pronto, você pode se deliciar com peças pertencentes aos principais museus do mundo, em alta definição, suas histórias e curiosidades. Dá só uma olhada:

O Costume Institute do Metropolitan Museum of Art, de Nova York, possui um acervo GIGANTE, com mais de 33.000 peças, todas muito bem catalogadas. Uma maravilha. E o museu ainda conta com uma biblioteca online, com diversos livros e catálogos pra baixar no computador e celular, tudo de graça!

Sapatos de couro com bordados da era Stuart, datam de 1690/1710 aproximadamente.
Corset de seda da Maison Léoty, de 1891.

Terninho Chanel, de 1938, doado por Diana Vreeland ao Museu, em 1954. A própria Diana, anos depois, se tornou consultora especial do Costume Institute, promovendo exposições memoráveis.
Vestido de Gianni Versace, inspirado em Andy Warhol, primavera de 1991.

 

O Victoria and Albert, de Londres, é outro que não fica pra trás no quesito acervos de Moda extraordinários. Neste link, você pode mergulhar fundo em peças das mais diversas épocas. Referências é o que não faltam!

 

Vestido criado por Madame Vignon, em 1869/1870.
Botinhas de algodão revestidas de plástico, assinadas por Mary Quant, 1967. Mais 60’s do que isso, impossível! Na sola do salto é possível notar o shape da icônica flor de Mary Quant. Imagina que luxo poder carimbar as florzinhas de Quant, deixando um rastro na areia, na neve, na lama.

Vestido de noite Jean Patou, da década de 1930.
Outro museu com um acervo bem bacana online é do Fashion Institute of Technology, de Nova York. Do século XVIII aos dias de hoje.Vem ver!
O famoso vestido Delphos, de Mariano Fortuny, de 1925, inspirado na Grécia Antiga. Lindo demais!
Um tubinho de lã de Courrèges, 1968.

E essa bolsinha de plástico trançado, imitando palha, da Marcus Brothers? É de 1955! Uma graça!

Quando se fala em Moda, impossível não pensar na França. Aqui, você acompanha parte do acervo riquíssimo do Palais Galliera, o Museu da Moda de Paris:

Colete masculino do ano de 1750.
Capa de crepe de seda rosé, com passamanaria de ouro, de Elsa Schiaparelli, inverno de 1939.
Vestido plissado icônico de Issey Miyake, 1986.
Jaqueta de veludo de seda, de Thierry Mugler, inverno de 1985.

Os japoneses não deixam nada a desejar. Se são capazes de exportar criadores de Moda brilhantes, imagine só como deve ser o acervo do Kyoto Costume Institute! O site apresenta uma linha do tempo em ordem cronológica. Vale a pena conferir.

Crinolina da segunda metade dos anos 1860.
Peças do inesquecível baile das “Mil e uma noites”, de Paul Poiret, de 1914. A influência árabe é bem nítida.
Vestido de cetim, de Yohji Yamamoto, coleção verão 1998.

70 anos de maison Dior em 2017

Christian Dior

Em 2017, a maison Dior completa 70 anos e as comemorações para o seu aniversário já começaram. A marca, em parceria com a editora Assouline, lança no dia nove “Christian Dior: 1947-1957”, o primeiro volume de uma série dedicada aos sete nomes que estiveram à frente da maison nos 70 anos de sua história.

Do New Look da primavera de 1947 à linha Fuseau, do outono de 1957, sua última coleção em vida, o livro, que custa em torno de 195 Dólares, possui 504 páginas dedicadas ao fundador da maison, com 345 fotografias de Laziz Hamani e texto de Olivier Saillard, diretor do Palais Galliera, o museu da Moda de Paris. Muitas das peças fotografadas para o livro fazem parte do acervo do Christian Dior Museum, de Granville, na França, coleções privadas e outros museus ao redor do mundo.

Na sequência, ao longo do próximo ano, até 2018, serão publicados os demais volumes dedicados aos outros diretores criativos que sucederam Christian Dior. São eles: Yves Saint Laurent, Marc Bohan, Gianfranco Ferré, John Galliano, Raf Simons e, mais recentemente, Maria Grazia Chiuri, ex-Valentino e a primeira mulher a comandar a marca após sete décadas!

Dá só uma olhada na preciosidade:

O New Look, lançado na primavera de 1947, revolucionou a Moda
Vestido de festa do inverno de 1949, um luxo!
Vestido clássico do verão de 1950
Tomara-que-caia do verão de 1954
Detalhes de um vestido da coleção do inverno de 1955
Do verão de 1956

Representatividade em pauta

Via Instituto Zuzu Angel

Atualmente, a questão da representatividade tem sido bastante debatida. Muitos padrões estéticos vem sendo questionados, especialmente na Moda, que sempre prezou por modelos magérrimas, muitas vezes com padrões fora do comum no que diz respeito à maioria das mulheres.

De olho nas transformações do mundo, em especial, na retomada da atitude, consciência e empoderamento femininos, muitas marcas têm optado por utilizar mulheres reais em suas campanhas. O resultado é maravilhoso, pois gera uma identificação imediata das consumidoras com a marca, pois elas passam a se verem ali representadas, como nunca antes. Toda forma de beleza é válida e é preciso saber comunica-la e ressalta-la: a magra, a gorda, a baixinha, a alta, a negra, a loira, a morena, enfim, o mundo é belo e plural!

Só pra citar alguns exemplos de campanhas bem-sucedidas, aqui, no Brasil, temos a Tulli, marca de lingerie que utiliza modelos dos mais diferentes biotipos em suas fotos:

Quem também faz bonito é a marca Lab Fantasma, do rapper Emicida. Em sua estreia na São Paulo Fashion Week, a Lab trouxe pra passarela um casting composto em sua maioria por negros, homens e mulheres, de corpos e estilos diversos.

No Brasil, a agência de modelos Squad vem dando o que falar, abraçando belezas de todos os tipos. Em seu catálogo, é possível encontrar uma garotada real e descolada, nada parecida com o padrão convencional das passarelas.

Lá fora, uma das porta vozes do feminismo é a cantora Beth Ditto, que possui uma marca de roupas plus size. Recentemente, o casting de sua campanha foi todo feito através do Instagram, usando meninas reais. Gente como a gente. 😉

 

Democrata assumida

Via Instituto Zuzu Angel

Parece que a Moda americana é mesmo democrata e não faz questão nenhuma de esconder seu posicionamento, antes, durante e após as eleições que elegeram Donald Trump presidente. A toda poderosa Anna Wintour encabeça a turma e não deixa barato para a futura primeira-dama Melania Trump. A capa da edição de dezembro da Vogue US é ninguém menos que Michelle Obama, linda e esplendorosa, vestindo um longo de Carolina Herrera, acompanhada da seguinte chamada: “Michelle Obama, a primeira-dama que o mundo se apaixonou”. Quer resposta mais direta do que essa? 😉 Esta é terceira capa de Michelle na Vogue ao longo dos oito anos dos Obama no poder.

Outros nomes também se manifestaram. Marc Jacobs, Tory Burch, Prabal Gurung e a marca Public School fizeram camisetas pró-Hillary Clinton durante sua campanha.

Marc Jacobs com camiseta pró-Hillary após seu desfile na Semana de Moda de Nova York

A própria Anna Wintour é amiga de longa data de Hillary, demonstrando apoio, também, ao longo da campanha. Abaixo, ela aparece vestindo a t-shirt de Marc Jacobs pró-Hillary, ao lado de sua filha, Bee Shaffer, durante a fashion week.

Hillary e Anna, amigas de longa data

Recentemente, a designer de moda Sophie Theallet, membro do CDFA (Council of Fashion Designers of America) publicou uma carta aberta em suas redes sociais convocando boicote à família Trump. Sophie declarou que não irá vestir de maneira alguma a nova primeira-dama, pois não é conivente com um governo xenófobo, racista e homofóbico.

A estilista Diane von Furstenberg, que atualmente também preside o CDFA, apoiou declaradamente a eleição de Hillary, enviando uma carta para os mais de 500 membros do conselho de Moda com os seguintes dizeres: “Como podemos ajudar nas vésperas dessa nova era? Abrace a diversidade, seja mente aberta, seja generoso e tenha compaixão”. Para bom entendedor, meia palavra basta. 😉 Quando perguntada se vestiria Melania, Diane disse que a primeira-dama não vai precisar da ajuda de ninguém, pois ela sabe o que fazer.

Hillary e Diane. A designer não escondeu seu apoio à candidata.

Humberto Leon, diretor criativo da Opening Ceremony e da Kenzo, declarou que se Melania comprar suas roupas, não hesitará em dizer que ele não a apoia, e que outros designers deveriam fazer o mesmo.

Joseph Altuzarra, apesar de não apoiar Trump, disse que não é contra vestir pessoas que discordem de suas opiniões.

O único nome da Moda a declarar abertamente que não teria problemas em vestir Melania é Tommy Hilfiger: “Melania é uma mulher muito bonita e acho que qualquer designer deveria se sentir orgulhoso em vesti-la”, disse.

Na noite do primeiro discurso do marido, após o resultado das eleições, Melania apareceu vestindo um macacão branco assinado por Ralph Lauren. Questionada sobre isso, a marca declarou que a peça foi comprada por Melania e não feita especialmente para a ocasião. É sabido que Ralph Lauren é o principal conselheiro de estilo de Hillary Clinton, ajudando-a a moldar sua imagem ao longo de toda a sua campanha. Inclusive, em seu primeiro discurso após a derrota, Hillary vestiu Ralph Lauren.

Para o New York Times, a eleição de Trump pode simbolizar o fim de uma extraordinária relação da Moda com a Casa Branca, que nos anos Obama foi muito bem sucedida. Segundo o jornal, Melania em suas aparições públicas, durante a campanha do marido, não atentou para o fato de prestigiar a Moda americana, dando preferência a nomes da Moda europeia, como Balmain, Fendi, Roksanda Ilincic e Gucci, o que vai contra o discurso de Trump, que é o de fortalecer a indústria americana. Já Michelle Obama, desde o início, sempre foi uma grande incentivadora da Moda nacional, abraçando desde nomes mais acessíveis, como J.Crew, a novos talentos, como Jason Wu e Altuzarra, e nomes consagrados, como Michael Kors e Vera Wang.

Melania com macacão Ralph Lauren. Apesar de sua tentativa em prestigiar a Moda nacional, Melania, na maioria de suas aparições públicas, deu preferência a designers europeus, o que gerou criticas de estilistas americanos.

Quem irá se aventurar a vestir a futura primeira-dama sabendo que contará com a reprovação de seus colegas da indústria? É uma baita pressão! Se depender de Anna Wintour, os refletores da principal revista de Moda da América não se voltarão para a família Trump. E cá entre nós, ninguém quer ter uma Anna Wintour como inimiga número 1. 😉

As fotos inéditas – jamais vistas – do casamento de Wallis Simpson e Eduardo VIII, os duques de Windsor, que abalaram o mundo

Fotos inéditas e até hoje desconhecidas, da cerimônia e da recepção do casamento dos duques de Windsor serão leiloadas no próximo dia 30.
 As fotos PB, depois dessas oito décadas, dão uma visão fascinante das internas desse casamento que foi um dos mais escandalosos da história britânica e mudou a monarquia para sempre, com o casamento de Eduardo VIII com sua amante divorciada Wallis Simpson, em 3 de junho de 1937, em um distante castelo francês.
Ele havia se tornado rei em 1936 e abdicou do trono 11 meses depois, antes mesmo de ser coroado, devido ao seu relacionamento com a socialite americana.
As 17 fotos desse casamento foram tomadas por uma câmera ‘clandestina’ levada pela convidada Alexandra Metcalfe, que integrava o grupo ínfimo de convidados da discretíssima cerimônia que não somavam mais do que os dedos das mãos.
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Na recepção, o cônsul britânico em Nantes, W. Cunningham Graham, padrinho de casamento do duque, presenteado com as fotos que serão leiloadas.
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Os convidados do casamento incluíam Randolph Churchill (à direita), filho de Winston Churchill, e o barão Eugene Rothschild (à esquerda) na cerimônia assistida por um grupo mínimo de pessoas
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Cecil Beaton, o fotógrafo oficial da cerimônia, subestimada na época, e que agora vem à luz do público em muitos outros ângulos, inclusive a festa.
As fotos jamais vistas do casamento de Edward VIII (visto no centro) e a socialite americana Wallis Simpson são conhecidas agora, apenas 80 depois que eles protagonizaram uma crise constitucional na Inglaterra com repercussão mundial
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 As 17 fotos foram feitas por Alexandra Metcalfe, mulher do major Edward Metcalfe, o ‘Fruity’, padrinho do duque, e foram presenteadas, na época, ao cônsul britânico em Nantes, W. Cunningham Graham
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A coleção estará sendo vendida na semana que vem pelos Leiloeiros Bellmans de  Billingshurst, West Sussex, com lances a partir de 6.000 Libras

De olho na mansão de McQueen

Já pensou em morar na antiga mansão de Alexander McQueen? Se você é fã do saudoso estilista, mas fã de VERDADE, terá que desembolsar 10 milhões de dólares! E aí, vai encarar? 😉

A propriedade foi comprada por McQueen em 2009, por cerca de 3,5 milhões de dólares. Na época, o estilista dividia seu tempo entre ela e seu outro apartamento, onde cometeu suicídio, em 2010.

Situada em Londres, no bairro de Mayfair, bem pertinho do Hyde Park, a mansão-duplex teve seu décor e design todinhos reformulados para prestar uma homenagem a McQueen, com direito a passarela em um dos corredores e quadros com imagens da vida e carreira do designer de moda. As caveiras, tão icônicas de seu trabalho, também estão presentes. As cores são sóbrias, tal como em suas criações: preto, creme e branco. Quem assina a reforma, que durou cerca de dois anos, é o escritório Paul Davies London.

Espia só!

Morre a Rainha do Colunismo Social do Mundo… depois dela, o dilúvio!

Os devotados ao colunismo social a conhecem bem. É a maior colunista social do mundo. Isto é, foi, pois faleceu na sexta-feira passada, aos 98 anos, Aileen Mehle, a “Suzy”. Antes disso, ela se assinou “Suzy Knickerbocker”, como herdeira, a partir de 1959, do espaço no New York Journal-American do também mítico “Cholly Knickerbocker”, pseudônimo usado por vários colunistas anteriores a ela, entre os quais o que mais se destacou foi Igor Cassini.

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A grande dama das borbulhas internacionais

“Suzy” era seu “nom du plume” ou pseudônimo, como chamamos aqui. Ela foi a grande dama, a Rainha das Colunistas da Sociedade Americana, durante muitas décadas foi a única colunista social de Nova York e, por isso mesmo, a mais importante do mundo, a última cronista da vida daqueles poucos que ainda eram chamados Sociedade Internacional.

Teve uma vida maravilhosa e fascinante, aproveitando tudo que de melhor existia naqueles anos dourados, convivendo com um mundo de pessoas interessantes, estimulantes, fascinantes, famosas e muito ricas, que viviam sob os “spotlights” daqueles tempos gloriosos.

Aileen brilhava sempre que aparecia em público e era muito popular e querida por ambos, homens e mulheres da sociedade do século 20, que reunia dinheiro-fama-poder. Ela tinha um poder real naquele mundo, que agora chamamos “A Elite”!

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Suzy-Aileen Mehle, com suas inseparáveis plumas e com o duque de Windsor

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Muito bonita, com glamour de uma estrela de cinema, era a favorita de muitos playboys e milionários da América do Sul, de ricos esportistas americanos e, dizia-se então, chegou a ser “a favorita” de Onassis ao tempo do “casamento contratual” com Jackie O.

 

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O grand monde comentava à boca miúda que o armador Onassis vivia um romance com a Rainha do Colunismo Social, Aileen Mehle

Aileen Mehle dominou o high society mundial não apenas na letra impressa, mas no convívio. Personalidade forte, magnética, tinha um texto refinado, cultivado, cheio de referências literárias e, ao mesmo tempo, malicioso e extremamente irônico. O que fazia de sua leitura diária um exercício saboroso de sutilezas e futilidades, que adoçava o dia, despertava curiosidades e nos fazia acompanhar o cotidiano inacessível da upper class americana dos milionários, como se lêssemos uma novela muito bem escrita, com incomparável sofisticação.

Descobri “Suzy” aos 20 anos, ainda “Suzy Knickerbocker”, quando me hospedei pela primeira vez em casa de Eleanor Lambert em Manhattan, diante do Central Pak, e o New York Journal-American vinha todos os dias ao meu quarto, no compartimento lateral da bandeja de breakfast. Foi uma revelação! Eleanor era a toda poderosa da moda americana, dirigia a Eleição das Mais Bem Vestidas do Mundo e promovia o Coty Awards, prêmio aos importantes da moda. Era a grande amiga de Aileen.

Tanto fiz, que consegui entrevistar “Suzy”. Ela me recebeu com plumas em sua Townhouse de princesa no East Side, decorada em estilo clássico francês. Tratou-me com simpatia e entusiasmo, e parecia mais curiosa sobre mim do que eu sobre ela: “Uma jovem colunista social sul americana –  do Rio de Janeiro? Fale-me daquela cidade linda!”. Quando voltei, publiquei a entrevista, mas acho que na época as pessoas não entenderam o meu triunfo, porque aqui no Brasil poucos conheciam a “Suzy” e menos ainda sabiam do high society americano…

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Em 1976 nós duas nos encontramos no Bal des Étoiles, em Monte Carlo. Aileen estava na mesa da Princesa Grace. Ela era a “Suzy”, eu era a “Perla Sigaud”. Aileen vestia um caftan exuberante. Ela elogiou minha roupa: um três peças vermelho de saia longa e faixa sobre o busto de mousseline com um casaqueto de paetês bordado à mão, de Guilherme Guimarães. E uma longa écharpe do mesmo tecido em volta do pescoço com as pontas para trás até lá embaixo. Era tchan total. O casaquinho ainda existe.

Eventualmente, quando nos anos seguintes nos encontrávamos em eventos em Nova York, no Régine’s, no Club A, ou na Europa (na foto acima, em Monte Carlo), ela sempre se referia com simpatia àquela entrevista em sua casa, perguntava pelo Rio de Janeiro, pela Carmen Mayrink Veiga – amiga comum – ou qualquer outra amenidade.

Aileen foi uma referência para mim pelo resto da vida. Seu texto delicioso, a irreverência, o humor iconoclasta sem resvalar para a grosseria, porém atingindo o alvo com precisão serviram de guia para o meu trabalho.

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Aileen em outro baile, desta vez, de Máscaras

Depois do New York Journal-American, ela foi para o Women’s Wear Daily, uma grande conquista do publisher John Fairchlid.

Seu último espaço de poder foi a revista “W”, de John Fairchild, do qual ela própria tomou a iniciativa de abdicar, se aposentando em 2006, quando decidiu que não via graça alguma na atual sociedade, que não era mais de fato “sociedade”, mesclada com nomes que surgiam instantâneos feito leite em pó, e assim desapareciam, dissolvendo-se em escândalos sem qualquer glamour e povoada com nomes de estrelinhas e ‘estrelinhos’ do showbiz de pequena dimensão.

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“Suzy” capa de revista

Aileen começou a achar aqueles novos elencos muito aquém de seu próprio estrelato e do estrelato dos elencos que já haviam passado por suas mãos e por sua pena. Àquela altura do campeonato, não valiam o esforço, o empenho e o tempo para adicionar sua sofisticação a um universo sem um traço dela.

Consta que Aileen Mehle foi descoberta e lançamento de Truman Capote. Não duvido. Qualidade literária para inspirar tal padrinho, ela tinha.

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Suzy-Aileen, aqui em efeito visual que a faz parecer uma divindade. O que, para o colunismo social, ela foi. Perto dela, no entorno, apenas ectoplasmas