Operários em protesto contra falta de pagamento: os responsáveis pelo caos na Vila Olímpica da Rio 2016

Não entendo por que os envolvidos não revelam o motivo da vila olímpica estar nas péssimas condições em que os atletas a encontram. Mas, já que ninguém fala, eu digo o que escutei, na quinta-feira passada, em um coquetel, de uma fonte com trânsito nos bastidores olímpicos:  um grupo de operários, revoltado com o atraso de seus pagamentos, danificara apartamentos, quebrando vidraças, entupindo canos e emporcalhando inúmeras unidades.  A fim de deixar as unidades em condição de hospedagem, o Comitê Olímpico precisara bloquear um terço dos apartamentos para realizar reparos de emergência.

Bem, isso eu soube na quinta-feira, dia 21, mas, pelo visto não houve tempo hábil de consertar o estrago, pois, no dia 24, desembarcou aqui a delegação australiana entornando o caldo para a mídia internacional.

Esperei que a mídia informasse a verdadeira razão da situação caótica da vila olímpica, que não foi atraso, que ela ficou pronta a tempo e a hora, que o motivo foi a retaliação do operariado. Isso não aconteceu… hummm…

Como vemos, a Lava Jato lavou tanto que sobrou para a vila dos atletas, com as grandes empresas de Construção Civil sem condição de cumprir seus compromissos sequer com os operários dos canteiros de obras.

O Diabo veste camisa branca

Amanhã é Dia de Sant’Anna, aniversário de minha avó, Chiquinha, de minha irmã, Ana Cristina. Dia dedicado às avós, pois é a data de Sant’Anna, mãe de Maria, avó de Jesus. Dia das mães das mães, de todas as mães. De lembrar as mães que padecem pelos filhos. E há tantas neste Brasil. Mães exemplares. Todas elas. Vou lembrar sua dor postando esta foto da História, que não mais podem negar. Ela retrata, encostado no poste, com a placa PARE, o articulador da emboscada, obedecendo a ordem de eliminação de Zuzu Angel, minha mãe, que partiu diretamente do gabinete do ditador Ernesto Geisel, ao qual o coronel Perdigão – aquele que não PAROU antes de matar – era subordinado.

Tudo isso documentado, com esta imagem, pela Comissão Nacional da Verdade. A filosofia popular sempre vence, sempre se comprova: “cedo ou tarde, a verdade um dia aparece”.

A maldade vestia camisa branca.

foto do assassino

A IMAGEM PRESENTE NA HISTÓRIA

Repórter Fotográfico flagra membro da Ditadura no acidente que assassinou Zuzu Angel em São Conrado, Rio de Janeiro. Coronel Perdigão, membro ativo da repressão na ditadura, de branco encostado na poste, na cena do acidente de Zuzu Angel –

FOTO DO REPÓRTER FOTOGRÁFICO: Otávio Magalhães/14-04-1976

O ex-delegado Cláudio Guerra identificou um dos ASSASSINOS da ditadura, ao apontar a presença do coronel do Exército Freddie Perdigão em uma fotografia do local do acidente que matou a estilista Zuzu Angel em 14 de abril de 1976. A fotografia foi feita pelo reporter fotográfico Otávio Magalhães e publicada no dia seguinte ao assassinato. O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari disse que a imagem é a prova cabal do envolvimento de Perdigão e outros militares no crime mortal da estilista. Dallari disse que, até o momento, nenhum dos integrantes sabia que o coronel aparecia entre as pessoas fotografadas a poucos metros do karmann-ghia de Zuzu.

 

Depois de celebrar Tarsila, Dani Acioli vem ao Rio homenagear Zuzu Angel, no Prêmio V.I.E.S. da Moda

Abre amanhã, no casarão do Instituto Eixo Rio, na Rua São Clemente – antigo Colégio Jacobina – a exposição da artista pernambucana Dani Acioli, dentro do projeto Rio V.I.E.S. da Moda – Prêmio Zuzu Angel. É a segunda vez que a premiação acontece. Ano passado a homenagem foi a Gil Brandão, o grande nome da modelagem, que chegou a ter um jornal de grande circulação, nos anos 60, exclusivamente com moldes de costura. Estge ano, a ideia de Alexandre Bojar, diretor do Eixo Rio , é conferir arte e brasilidade ao Prêmio. Dessa forma, fez uma parceria com a empresária Viviane Spitz, que realiza a supervisão do projeto e trouxe de Pernambuco as telas da artista pernambucana Danielle Acioli com inspiração no trabalho de Zuzu Angel, realizadas exclusivamente para o projeto de lançamento do prêmio. Essas pinturas servirão de base para a coleção de roupas que a Viviane irá apresentar ao público no evento da entrega do Prêmio Rio V.I.E.S. Moda – Ano Zuzu Angel, neste ano de 2016 comemorativo do 95º ano de nascimento de Zuzu.
Vejam aqui abaixo as obras da artista Acioli e como ela sabe aplicá-las em roupas.
Alexandre Bojar disse ao blog: “Hilde, essa ativação irá reforçar a importância de incluir elementos brasileiros à moda”. Fiquei muito contente com a iniciativa. A brasilidade na moda sempre foi uma bandeira de vida de minha mãe, Zuzu. Ela não colocava elementos brasileiros em suas roupas apenas porque achava graciosos. Era um conceito, uma filosofia, um propósito em profundidade. Era isso que a diferenciava dos demais criadores de moda de sua época. Ela lutava para que a moda do Brasil tivesse a marca da legitimidade.
O lançamento do prêmio será amanhã, dia 26 de julho, com a abertura da exposição de Dani Acioli, aberta ao público, e eu recomendo a todos visitar, e a noite de premiação no dia 27 de setembro.
O prêmio constará de uma bolsa de estudo em Portugal, na Universidade de Matosinhos, conferida pelo Instituto Zuzu Angel, e também um curso no IED, no Rio de Janeiro. A premiação tem também o patrocínio da Farm e da Clave de Fá Pesquisa Social e Inovação.
Hoje, Dani Acioli será conhecida por artistas e galeristas cariocas em happy hour que acontecerá em torno dela oferecida pela direção do Instituto Zuzu Angel de Moda.
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Danielle Acioli, a artista Dani Acioli, diante de seu atelier em Pernambuco e das estamparias desenvolvidas por ela, a partir de seus quadros, da série “ParaTarsila” – vemos aqui quatro deles.
FDotos de Andrea Rego Barros

Um Brasil de Eduardos. O Eduardo trigo e o Eduardo Joio

Prenderam o Eduardo Suplicy! O mais elegante dos senadores que já passaram por nosso Congresso. O filho de dona Filomena Matarazzo Suplicy. E olhem na foto de que maneira truculenta fizeram isso. Suplicy protestava numa reintegração de posse em São Paulo, apoiando os que estavam sendo despejados sem ter para onde ir. Queria uma solução para eles. É um homem de bom coração, amado por todos onde quer que vá em São Paulo. Isso, testemunhei, quando caminhamos juntos, no Ibirapuera, em marcha pelos Desaparecidos e Mortos políticos, e Suplicy, não mais senador, era parado a cada passo para ser abraçado até por quem não vota em seu partido. Muito respeitado e considerado. Menos pela polícia paulistana, que o carregou como a um saco de farinha de trigo.

Este o Brasil de hoje. Não sabe discernir os Eduardos. Prende o Eduardo trigo, enquanto o Eduardo joio janta no Fasano.

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Admirável e talentoso transgressor, corajoso-frágil, afetuoso-maldito, Michael Koellreutter ganha homenagem da Bazaar

A Harper’s Bazaar deste mês de julho traz um perfil de despedida do jornalista Michael Koellreutter, na página dupla Snapshot, assinada por Mario Mendes, com fotos de Tripoli e Lygia Durand.

Um admirável e talentoso transgressor, corajoso-frágil, afetuoso-maldito. O desejo de ser muito bom na linha jornalística que escolheu seguir era mais forte do que o senso de auto-preservação. Escrevia as matérias magistrais, com humor único e revelações estarrecedoras muito bem pesquisadas, e depois esperava encolhido o mundo explodir sobre sua cabeça. Mas não podia resistir à tentação de ser um excelente cronista ácido dos costumes das altas gentes. Em acertas horas de grande aperto, recorreu a meu auxílio contra a truculência de terceiros. Fiquei feliz de poder atendê-lo. Éramos amigos. Foi o mais audacioso dos jornalistas angry que conheci.

Desafiar convenções era seu lema. Chegou a morar dentro de um automóvel com a namorada, onde dormiam todas as noites e, pela manhã, pulavam às escondidas a janela da casa da avó dela para tomar banho. Ah, Michael também vivia em permanente estado de paixão por uma mulher, uma de cada vez, e todas sempre belas, chiques, extravagantes.

Tinha um “look” próprio: o lenço de pirata amarrado na testa. Um “pirata do Caribe” navegando perigosamente nas águas frenéticas deste aquário social-pop-boêmio que é a Baía da Guanabara, volta e meia atracando em Londres, nas raves da Espanha ou onde mais houvesse risco e trepidação.

Sua missa de sétimo dia lotou a Igrejinha da Urca. Parecia a missa de um carola. Uma confraternização de boêmios transgressores e socialites comportados, que, como ponto comum, tinham a admiração pelo texto inteligente do, mais que jornalista, escritor de uma época. Pena que de forma tão inconstante, por força de seu próprio temperamento.
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A Snapshot da Harper’s Bazaar, importante homenagem e merecida

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Koellreutter e uma de suas boas amigas do Rio, Tania Caldas

O mundo visto de cima, com Cor e Movimento, por Fernanda Cruzick

Fernanda Cruzick é chamada de “artista múltipla”. Escreve livros, faz moda, desenha estamparias, atua no teatro e cria figurinos, quando não está fazendo sua atividade principal: a pintura. Voa alto na sua pretensão de abraçar múltiplas artes com as pernas e talvez este o motivo de seu trabalho retratar uma visão aérea sobre o mundo.

Cruzick não enxerga o universo de frente, de lado ou de baixo pra cima. Tudo o que pinta é na perspectiva de cima pra baixo. E seu mundo é todo enladrilhado com os mais lindos mosaicos, referências que vieram desde a infância, em sua Juiz de Fora, onde havia uma fábrica de ladrilhos hidráulicos, a Pantaleoni Arcuri.

Suas telas se completam umas nas outras, interagem, se multiplicam, acoplam, formam conjuntos, montam jogos. Como peças articuladas infinitamente múltiplas, conjugam misteriosas composições de uma beleza espetacular. Dizem os místicos que não existem coincidências, e não deve ser mesmo por acaso que tais obras de Fernanda estão expostas numa galeria com o nome Cor e Movimento, pois elas são puro movimento e cor.

A mostra Jogos Múltiplos soma duas séries de trabalhos de Fernanda. As 15 pinturas “Multiplicidade” e as telas e objetos “Games”.

Fernanda Cruzick está no Facebook, seu contato é fernandacruzick@yahoo.com.br, e seu trabalho pode ser visto belamente exposto na Cor e Movimento, ali na Praça Antero de Quental, no Leblon, Rua General Urquiza 67, Loja 7

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A artista Fernanda Cruzick no vernissage de seus Jogos Múltiplos

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Com o ator Marcos Caruso

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A artista com as galeristas Rosa Cordeiro Guerra e Bia Martins Costa

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Lucia Meira Lima e Thera Regouin, a próxima artista plástica a expor na Cor e Movimento

A casa falante de Maria Pia, o livro borbulhante de Silvia Amélia

A casa de Maria Pia fala. Ela diz: “Sou clara e luminosa, reflito a alma e o momento de minha dona”. Ela é florida, e seu interior mistura pássaros de porcelana a orquídeas em cache pots de palha, porcelana Vista Alegre a louça Bleu de Chine, quadros contemporâneos a aquarelas românticas, móveis ingleses a tapeçarias da França. Tudo na mais completa e harmoniosa combinação, ao balanço dos cabelos de Pia, cada vez com mais volume e brilho, como se sua atual felicidade tivesse o poder revitalizador da lua cheia.
 
Sim, tudo à volta de Maria Pia entra em harmonia com sua energia boa. Já que ela não se aflige com a convidada que se atrasa para o almoço, o suflê, que espera no forno para ser servido, vibra na mesma onda positiva e, quando chega à mesa, ainda está estufado, inflado, no ponto exato, como se uma convergência mágica conspirasse a favor de tudo.
 
Éramos dez amigas no almoço sem lugares marcados. Às cabeceiras, Maria Pia e a aniversariante, Vera Bocayuva Cunha, chemise e colar, très parisienne. No mais, Dorita Moraes Barros, Graça Oliveira Santos, Maria Lucia Moura e sua filha, Luciana Almeida Braga, Maria Celina Saboya Gomes, Ana Paula Leão Teixeira, Fátima Andrada Tostes e eu. A louça Limoges assinada por Alberto Pinto traz cada uma um pássaro pinto à mão. O jogo americano era de organza bordada, com aplicações, renda e forro solto, da incomparável mineira Lygia Mattos. Falamos sobre isso. Lygia não está mais entre nós. Foi a melhor dos bordados do mundo. Daquelas que não deixam substitutos.
 
O buffet foi servido na varanda sobre a mesa pura, só a nobreza da madeira. Há um caramanchão florido contornando os arcos da varanda. Bonito. Bem Maria Pia. A gaiola com flor no interior que, da outra vez, estava na frente da casa, agora está atra´s, na pérgula. Pia diz: “A minha casa é dinâmica. Mudo tudo o tempo todo”.
 
Há bolo coberto com corações vermelhos. Há fotos a meu pedido. Há discurso da Vera. Há cafezinho na volta à sala de estar. E há – mas que delícia! – uma avant prémière do livro de Silvia Amélia, que todas folheiam ávidas na versão francesa, da dedicatória à última página, passeando pelo seu castelo, o “manoir”, o apartamento em Paris, na rue du Faubourg Saint Honoré, a casa palacete do melhor amigo Givenchy, o poema que Manuel Bandeira fez pra ela, enfim, o livro é uma fotobiografia, resumindo o que Silvia é, vive e viveu. Com classe e elegância.
 
A obra será lançada no Rio, na próxima Casa Cor, 1 mil exemplares, Silvia Amélia presente. A Casa Cor será na casa magnífica de Malu da Rocha Miranda na Rua Marquês de São Vicente, marcando a volta de Maria Pia Marcondes Ferraz Montenegro à decoração, assinando um espaço seu.
 
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A capa
 
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Dedicatória de Silvia : pra filha, genro e netos
 
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Página de abertura
 
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Palavras dela no encerramento: “Sempre sonhei fazer um livro bonito para a família, os amigos e todos os que amam a vida colorida, Silvia Amélia, Primavera 2016”. Edições Imagine
 
Ao me levar no carro, na calçada, Maria Pia me diz: “Hilde, estou cada vez mais feliz e apaixonada pelo Carlos Augusto, ele é um marido maravilhoso”. Montenegro também está na calçada. Ele teve a delicadeza de voltar para casa a tempo de se despedir das amigas que foram almoçar com sua mulher. Assim como passou pela sala, antes do almoço, vestido esportivamente, falou com todas nós e partiu. Uma gentileza com as amigas de Pia e também um modo de dizer “Vejam, que homem de sorte eu sou”.

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Fotos de Ana Paula de Almeida Magalhães Leão Teixeira

E continua o festival da elegância: aniversário de Maria Alice Araujo Pinho

E prosseguem as homenagens a Maria Alice de Araújo Pinho. O que seria dessa temporada social carioca sem este aniversário na agenda? Agora foi Therezinha Noronha que recebeu na sala privada do restaurante do Country Club, em mesa única, quadrada e florida, para 15 amigas. Serviço perfeito. Almoço impecável. Tarde irrepreensível. Melhor de  tudo: a conversa do grupo de amigas de Maria Alice, que Therezinha soube tão bem reunir e distribuir. Sobre a mesa coberta por toalha branca, escreveram-se, naquela tarde histórias de filhos e netos…

Como a da neta da embaixatriz Sandra Naslausky, que vive em Nova York e viaja pela América fazendo palestras sobre a moda de Alberta Ferreti. Como a história do filho de Mirtia Gallotti, Luciano Saldanha, que guarda e preserva o acervo do pai, o saudoso jornalista Saldanha Coelho, homenageado pelo escritor britânico Somerset Maugham.

Vãnia Badin foi paparicadíssima por voltar a circular. As amigas estavam com saudades. Diva Leite Garcia e Lourdes Catão combinavam uma visita ao novo hotel que abriu atrás do Aeroporto Santos Dumont, onde antes funcionava o prédio da Varig, e de quebra farão um tour na nova Marina da Glória. O point é delas, que moram no Flamengo.

Silvia Fraga foi a primeira sair para… cortar os cabelos! “Está muito longo, já está me incomodando”. Silvinha Fraga de cabelos longos e coque, decisivamente, ficou num passado remoto para nunca mais. New Silvinha, a do Luís Fernando Santos Reis, é de cabelos curtíssimos, à la garçonne, transgressora. Uma nova mulher.

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Maria Alice Araujo Pinho e a anfitriã, Therezinha Noronha

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Belita Tamoyo, Kiki Almeida Braga, Sarita de Vincenzi

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Denise Cortez, Luciana Araujo Pinho e Angela Alhante, que rima com brilhantes

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A mesa com toalhas brancas e flores coloridas

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Silvia Fraga, Maria Helena Chermont e Vania Badin

country club 11MAria Lice: mais um bolo, mais um happy birthday…

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Diva Leite Garcia, Lourdes Catão, Hildegard Angel (eu!) e a embaixatriz Sandra Naslausky

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Mirtia Gallotti, Sandra Salles Coelho e Silvinha Fraga

country club 4Sarita de Vincenzi e Kiki Almeida Braga: a mesma geração, a mesma proposta de elegância clássica, o mesmo acerto.

Fotos: Hildegard Angel, Maria Helena Chermont de Britto e Luciana Araujo Pinho

A nata médica do Rio de Janeiro em noite de saudável amizade

A tônica: a admiração, o reconhecimento, a amizade. Era o aniversário do médico clínico geral João Gaspar Corrêa Meyer, homem avesso a homenagens, a ser o centro das atenções. Sempre reservado, sóbrio. Foi preciso persistência e uma paciente espera de alguns anos, até ele aceitar a homenagem de um jantar de aniversário seu, desde que o grupo fosse restrito, o evento, informal, eque

não houvesse menção à data do aniversário. Desejos cumpridos, jantar realizado, amigos presentes, conversa solta, noite amena, uma reunião de bons companheiros de trabalho e de vida. Alguns eram amigos desde o tempo do Santo Inácio, muitos com histórias para contar de plantões no mesmo Hospital de Ipanema, do início da carreira médica, todos jovens, sem saber o que lhes destinaria o futuro.

Agora, consagrados, grandes nomes de nossa medicina, confraternizavam descontraídos diante do vaivém do bondinho do Pão de Açúcar… O Rio de Janeiro continua lindo, e a vida continua sendo.

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A sala de jantar pronta para ser aberta para os 26 convidados do jantar em torno do aniversariante João Gaspar Corrêa Meyer e sua Samira Assuf

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João Gaspar, um dos médicos clínicos mais respeitados do país, e sua mulher Samira Assuf, médica também

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Luciana Dale, casada com o médico obstetra Carlos Dale, e Yolanda Atherino, com o médico oftalmologista Cristóvão Atherino

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O cirurgião top Celso Portela e Marucha

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A jornalista com o ortopedista Guilherme Sampaio Ferraz

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Claudia Fialho e o marido, Guilherme Sampaio Ferraz
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Octavio Vaz, Cristóvão Atherino José Maurício Weneck, Claudia Fialho Como está bonita!) e João Gaspar Corrêa Meyer, o homenageado

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A médica dermatologista Gisela Pitanguy e Raul Chamma

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Os médicos Cristóvão Atherino, otorrino, José Maurício Godoy, neurologista, os clínicos João Gaspar e Samira, Claudia Fialho, os cirurgiões Octavio Vaz e Celso Portela e Raul Chamma

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A oftalmologista Rosa Atherino e Ana Maria Magalhães Costa, casada com o mastologista Maurício Magalhães Costa

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Francis Bogossian e Octavio Vaz

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A clínica Geral Valentina Godoy, Marucha Magalhães Costa e Rosa Atherino

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Esta blogueira com Ana Maria Magalhães Costa e Raul Chamma….. Estavam presentes, ainda, porém não mostrados nas fotos, os médicos urologista Fernando Vaz, com Malu, o cardiologista Claudio Benchimol, com Carla, e o obstetra Carlos Dale. Um timaço que poderia até formar sozinho a sua própria Academia de Medicina.

Fotos de Yolanda Simões Atherino

 

Óleos de cozinha deveriam trazer um alerta da Anvisa sobre os riscos de seu consumo excessivo

Leio hoje a manchete do jornal: “Óleo de cozinha é o vilão do esgoto no centro de SP, região líder em reparos”.

Pois é… Há 20 anos, almoçando na cidade de Tiradentes com a chef mineira dona Lucinha, ouvi dela a teoria, que me acompanhou como sábia lição pelo resto dessa vida.

Segundo a chef, por ocasião do advento do óleo de cozinha, com a substituição das tradicionais banha de porco e gordura de coco, então vendida em latas redondas, inventaram o detergente líquido, pois os simples sabão português e sabão de coco não mais davam conta de limpar as panelas e frigideiras gordurosas.

E d. Lucinha refletia: “Se o óleo de cozinha gruda de tal forma nos metais e louças, o que não fará ele com nossas artérias?”. E concluía: “Presta atenção: você reparou como, do final da década de 50 para cá, cresceu o número de acidentes vasculares, com infartos cardíacos?”.

Por esse motivo, dona Lucinha é uma apologista da banha do porquinho tenro, que considera saudável para os corações, contrariando a propaganda das corporações multinacionais, que nos enfiaram goela abaixo, como mais saudáveis, os óleos de cozinha e, pelas goelas dos canos de nossas pias, os seus detergentes, alimentando indústrias bilionárias e, de quebra, turbinando a próspera indústria do infarto do miocárdio, derrames e correlatos.

Se o óleo de cozinha entope rede de esgotos, entope os boeiros até a borda causando inundações, o que não fará com nossas veias precárias, com nossas artérias delicadas?

E ainda há quem se pergunte e pesquise sobre o motivo do aumento da incidência de doenças como demência senil, senilidade precoce, Alzheimer etc…

Não seria o caso de, a exemplo dos maços de cigarro, o óleo de cozinha também trazer na embalagem um alerta da Anvisa ou da OMS sobre os riscos advindos de seu consumo excessivo?

 Gordura-de-Coco

O anúncio avisava às noivas belas, recatadas e do lar dos anos 50: “O futuro dêle está em suas mãos”. Mas eis que no final da década surgiria o óleo de cozinha…  e bye-bye futuro “dêle”…