Depois de quase um ano em cartaz em São Paulo com casa cheia, o espetáculo “Roda Viva”, escrito por Chico Buarque, chega ao Rio com o histórico Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona.
A temporada curtíssima acontece do dia 8 deste novembro até 1º de dezembro, na Cidade das Artes: às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h, com ingressos de R$ 45 a R$ 120.
Abaixo o texto de Zé Celso Martinez Corrêa sobre o espetáculo
Flavio Império, arquiteto cenógrafo de teatro, figurinista y eu, fomos
Convidados pelo jovem Poeta Músico Chico Buarque pra Encenar seu
Primo Canto no Teatro: “Roda Viva”.
Em dezembro de 1967 chegamos no Rio.
Chico foi quem investiu na Produção da Peça.
Já tinha sido criada uma Ótima Banda.
Começamos com testes pra escolher um Coro com 4 Cantora(e)s.
O Cenário do “Teatro Princesa Isabel”
no Leme era a manjedoura
onde sería Parída “Roda Viva”.
Criados Negros vestidos à la Debret,
ensaiados pelos Donos do Pedaço a saudar o Público curvando o torso,
cabeça, mãos, até o chão, elegantemente como no Século 18,
o da Escravidão.
Num Repente
a Insurreição Mundial do Século XX em 1968;
Invade aquele Cenário.
13 corpos de Indivíduo(a)s absolutamente diferenciados,
q já faziam sem saber, um Coro.
Vinham já com um Corifeu Imantado: o Cafúso Samuka,
Cabeludo Black Power: Fenômeno!
Nijinski Tropical sem Pulos!
Pés Na Terra
Imantando, dançando o Chão do Espaço: Plateia Palco
Estes Invasores vinham d Planeta não percebido ainda:
A TERRA IN SEUS CORPOS TERRÁQUEOS
Todas revoluções inimagináveis daquele 68 aqui agora;
q não diferenciavam Palco-Plateia;
tocavam nas Pessoas como si as Despertassem d um sono centenário.
Os Ensaios em minutos do “aqui agora” SALTARAM SÉCULOS!
Desde a Antiguidade este “Coro Pré-Grego” foi buscado pelos Grandes
Criadores da Historia do Teatro Ocidental.
OS COROS dos Musicais Americanos eram já cultuados,
no levantar das pernas rigorosamente juntas.
O Coro d improvisadores lucidamente possuídos,
Time de Jogadores do Futebol Teat(r)al com o Público;
nasceu Telúrico no Brazyl: 1º TROVÃO Do Ano D 1968.
Ensaios viraram Pré Carnavalescos. Portas Abertas.
Buchicho surgiu y chegou aos
Artistas na Assembléia Permanente Posto 9 Ipanema.
Vinham fazer o Papel de Público Atuador
Uma dia: baixou Mick Jagger y a Estrela Africana,
Cantora do Pati-Patatá: Miriam Makeba ao Vivo.
17 de Janeiro de 1968: ESTREIA
Efebos, Donzelas Fãs do Chico de “A Banda”
Pasmos! O q? “Teatro de Agressão!?
Não como foi rotulada
Mas Iniciação num Floramento Deflorado da Hora!
Todas Sessões Lotadas.
“Roda Viva” seguiu pra SP no Teatro Galpão.
Plateia também Lotada.
A “Milícia do CCC”: Comando de Caça aos Comunistas,
assistiu 70 vezes a Peça.
No final d’um Espetáculo, in poucos segundos, declancharam a
“Operação Quadrado Morto” tentando apagar a ”RODA VIVA”;
Destruíram as cadeiras do Teatro, subiram nos Camarins
PARA-MILITARES do Patriarcalismos,
bateram nas Mulheres Atrizes,
a divina Marília Pêra foi a que mais apanhou .
Em SamPã substituía a lindíssima Marieta Severo, no papel d Juliana,
mulher do Ídolo da Peça no Rio.
Na TV Tupy 100% de Audiência Entre os apoiadores da Ataque x
Lideres da Classe Teatral nos Movimentos d 68 .
Os mais Conservadores do Teatro, estavam apreensivos :
Será q vamos toda(o)s ter de fazer este tipo de Teatro?
Manhã do day after do Ataque: Cacilda Becker, declara na TV :
“TODOS OS TEATROS SÃO MEUS TEATROS”.
À Noite o Teatro estava Reconstruído!!!!
Multidão Dupla Populosa: dentro y fora da Teatro.
A de Fora, na Rua, com estudantes da “Faculdade de Filosofia da
Maria Antonia” y de Toda a Cidade, faziam uma Roda d “Segurança”.
Coroada de Hera, Silvinha Werneck com um Pedaço de Pau,
era a Graça d Boticelli
Em Porto Alegre no Imenso Teatro Leopoldina montei Roda
y voltei pra SamPã.
Nesta Noite, o 3º Exército Invade o Elenco no Hotel,
fugindo dos quartos, pras Escadarias, artistas y técnicos
perseguidos por cassetetes.
Sangue nas Paredes, Degraus do Hotel…
A Famosa Vedete Elizabeth Gasper, q fazia o Papel de Juliana no Sul,
y o Violonista Zelão, foram raptados, levados pro mato,
ameaçados de estupro. Num Ônibus de volta a SamPã,
enfiaram todo Coro y Protagonistas amontoados Sangrando.
O 3º Exercito proibiu em Todo Território Nacional “RODA VIVA”.
Prenuncio do atualmente famoso “AI 5”
Violências com q esta Florada Cultural foi Massacrada nos Corpos de
Cada Pessoa inventores d’um Teatro Musical Brazyleyro Mundial,
nunca Visto.
Prometi a mim mesmo: isso não fica assim.
“Longa abertura, Restrita, Gradual” da Ditadura 64,
voltando do exílio
Retorna o Desejo de Encenar esta Obra Prima Tão Sacrificada.
Vem a Busca de recriar aquele Coro no Teatro Oficina Uzyna Uzona,
Só foi encontrado em “BACANTES”.
Levados pela Justiça Justa d Xangô
Começamos a Desejar re-encenar o Tabú Máximo do Teatro
Brasileiro: “RODA VIVA”
Chico não autorizava, achava sua primeira peça fraca.
Mas eu insistia: ”O Primeiro Canto” é Célula Mater d toda Arte
Futura..
Depois do GolpInpchment d Dilma em 2016 Chico Libera a Peça!
28 de Outubro d 2018 Aniversário dos 60 anos do OFICINA
Data da Vitória Eleitoral do Bolsonaro
Cantando pra não Chorar, na madrugada
Decidimos: Vamos montar Roda Viva 2018-19”
Em 1968 não tinha INTERNET
Nem Musica Sertaneja Universitária Filha do AgroNegócio.
Neste mesmo Lap Comunicador
onde estou agora,
mãos à Obra :
reescrever “RODA VIVA”,
atento a preservar os versos,
rimas preciosas,
Estrutura do Enredo de um auto religioso
Bem Tramado d Chico
Catherine Hirsch, q assiste no Teatro Oficina
Ensaios y Espetáculos já in Cena
Desempenha o no Papel da Multidão-Público.
Como o Pov(o) Público é q mais me Interessa como Amante
Ela é Minha Diretora;
O Jovem Nolram, recém chegado do Acre, competente na digitação
y entendido de Sertanejo Universitário .
Os Três viemos pra este Comunicador
Renascía na Escrita: “Roda Viva 2019”
Ensaios com Multidões: Coros,
Atuadores mais Experientes na Protagonização.
Banda, Luz, Som, Arquitetura Cênica, Figurinos, Diretores de Cena,
Vídeo, Contra Regras: um TYAZO DIONIZÍACO
Amores, Amados, Amantes, progressivamente atuando
cada noite mais ao Vivo
A Incorporar Além do Bem y do Caos
2019 o PIOR ANO de Todas Nossas Vidas
mas q acabou Criando uma Primavera Cultural no Brazyl!
RODA VIVA NO TEATRO OFICINA
Lotou Todos, absolutamente Todos Espetáculos q fizemos em SamPã.
Não há melhor treino pra criação ao vivo no Teatro
q Fazer Espetáculos Todos os Dias com o Lugar Lotado d Pessoas :
Atrizes, Atores, Coros, Música(o)s, Técnica(o)s Improvisadores…
Enfim todo Tyaso assim foi crescendo, chafurdando no q é a Novela dos
dias d hoje o Jornalismo y a prática da cosmo-política foi comendo
tudo y se prepara agora pro o Banquete com o Público Carióca.
Meu Ator Zé Celso, Inicia o Espetáculo sempre como um Corifeu
ensaiando o Público Atuador, de pé, estendendo seus braços pra
diferentes Focos da Ação, numa Trilha Musical q Corre todo 1º Ato.
Fácil de captar. Depois Rezamos com Villa Lobos y Manoel Bandeira
pra divindade panteísta: a Natureza nos transmitir nossa força d ação.
O Público nos Teatros como o Maravilhoso Teatro da Cidade das
Artes se vê Espelhado num Celular Imenso y em Telonas. O
Câmara Ator Igor Marotti, filma em dois imensos planos
sequência no 1º y no 2º ato , q são projetados sempre ao Vivo.
Projetados no Celular, as Pessoas do Pública(o) se veem y passam a ser
Público Atuador em todo decorrer da peça.
Sendo Xamado de IÁ! = O SIM DO SIM: o Oposto ao AI!
Vamos devorando formas y estilos gastos
da Vida até a Morte y a Ressureição na Insurreição
q estamos todos já quase ouvindo, mesmo sem saber
no latejar do IN-SURGIR.
Pela 1ª Vez em minha vida
Eu estive presente em todos os espetáculos com meu assistente do lado.
Anotamos descobertas de cada lance diário.
Entro as vezes em Cena,
sem maquiagem vestido sempre de Branco
ou com um Poncho dos Índios Tarahumaras,
Tribo no México em q Artaud
tomou peyote nas giras com Índios
Gargalhando, Peidando em Rodas Vivas nos Altos Morros.
Recebemos os Fluxos do Brasil y do Mundo
In Re-Insurreição d Terráqueos
In Barcelona, Líbano, Hong Kong,
Argentina, Equador, Peru, Chile com os Índios Mapuche,
Das Mil Tribos no Território América Latina Brasil,
Brotam os talentosos Xamãs Intelectuais Contemporâneos
Negros Haitianos, Americanos, Africanos
“Roda Viva 2019” introduz a gíria dos mêmes da Internet
na Língua do Teatro ;
no movimento q Terráqueos q somos,
ameaçados de Extinção,
mas numa progressão regressiva a
subjetividade do meu Corpo meu Território.
Um Corredor estará Aberto na Plateia pra comunicação forte
com Todas Pessoas neste Imenso Teatro.
Todo Elenco y Público ligado
no Mundo in Mutação pro seu fim ou seu renascimento
Vamos agir juntos Público pra não Extinção da Terra.
Pra nosso Re-Nascimento como Terráqueos.
Descobrimos a Alegria Poderosa da “Roda Viva”
Nos anos 60 a MPB cantava esta Obra Prima de Chico
com Tristeza d Vítimas.
Mas a Roda Viva gira sempre a favor de Mais Vida.
Por mais q queiramos segurar nossa Saudade
fazendo o Tempo parar, a Roda Viva nos passa uma rasteira
y nos põe de pé de novo em situações inesperadas q assumimos
na Alegria Intensamente Trágica, Cômica y Orgiástica.
Somos Moídos por Ela, sobretudo nos momentos de um mundo q
agoniza y ainda quer nos levar juntos, mas q ao mesmo tempo nasce
esta RODA VIVA relembrando o q é Viver ao Vívo.
O Fim da Terra, o Levante dos Mares, o Degelo das Groenlandias, as
ondas de fascismos se transmutam na “RODA VIDA DA VIDA VIVIDA”
q coça com o Erguer-se dos Povos Terráqueos
Índias-Índios vem vindo de baixo pra cima.
Chegou a Hora:
Coragem y Muita Alegria.
O Carióca tem Humor na Pele, pra Nós do OficinaUzynaUzona
chegar á Cidade Sempre Maravilhosa
é encontramos com Nosso Público Namorado
O mais Amado
Mais q nunca Amantes y Amados
vamos gozar juntos na “Roda Viva”
pra q Mundo não Acabe.
Estou doido pra este nosso Re Encontro inspirado in Éros
“Roda Viva” vai nos unir na ação, mais q Nunca.
Zé Celso Amante
31 d Outubro dia das Bruxas
Xamando todos os Santos y Todos os Mortos pra estarem na nossa Estreia dia 8 no Teatro da Cidade das Artes na Barra da Tijuca.
MERDA