Não foram só as abóbadas do Kremlin que se abalaram com a decisão histórica da Iaaf, de punir com rigor a Rússia, deixando o país fora dos Jogos Olímpicos 2016. Também balançaram as finanças de um dos mais simpáticos clubes do Rio de Janeiro, o Marimbás, em Copacabana.
É que, em novembro passado, o Comitê Olímpico Russo assinou contrato de 2 milhões de dólares para instalar a sua Casa da Rússia naquele que é o único clube situado nas areias de uma praia em toda a Zona Sul. O que aconteceria de 25 de julho a 28 de agosto, neste período olímpico.
Animada com o bom negócio feito, a diretoria do clube providenciou os alvarás e licenças necessários junto à Prefeitura e ao Corpo de Bombeiros e ficou esperando o depósito sinal de US$ 600 mil em sua conta da Caixa Econômica Federal… O que, depois de várias datas marcadas, remarcadas e adiadas, acabou não ocorrendo. Mesmo tendo o Comitê Russo avisado que pagaria apenas a metade – 300 mil – do combinado e tendo o Marimbás concordado.
No fim de maio, os russos pediram novo adiamento do depósito do sinal: para o dia 17 de junho. O Conselho Deliberativo do clube aceitou aguardar. Em 17 de junho, nada do dinheiro e, diante das reclamações dos ‘marimbensens’, os russos enviaram carta justificando sua dificuldade para saldar os valores dada a desistência dos patrocinadores após o COI barrar a equipe de atletismo russa da Rio 2016.
Foi feito novo acerto entre os dois lados. O período de ocupação da Casa da Rússia foi reduzido, mudando-se suas datas para de 01/08 a 22/08, bem como o valor a ser pago ao clube, que passou a ser de US$ 1.257.142,85. Os primeiros US$ 300 mil já foram depositados, ufa! O clube permanecerá fechado aos sócios nesse período.
Esperamos que, ao fim da temporada, ambos os lados possam celebrar contentes o sucesso dessa negociação e de seus atletas, dançando a troika na varanda com a mais impactante vista de Copacabana e virando, de um gole só, várias doses de caipirovska de lima, preparada pelo barman do Marimbas, com fama de ser a melhor da cidade.
E se dizendo coisas amigáveis como “Zdravstvujtje”, “Priviet”, “Dobroje utro”, “Dobrij djen” e “Dobrij vjecher”.
Ah, o que me mata é essa minha erudição 😉
Hi Hilde, fiquei extremamente triste com o jurídico do COI agir igual ao FBI e cortar a maior parte ou toda, nem sei bem, da delegação russa olímpica, justo no Rio, sob a Carta Cidadã, a única que dá asilo político à esquerda, à direita e até às Brigadas Vermelhas (Cesare Batisti), mas mesmo assim eu acho que não vão tirar o brilho da nossa soberania, nem da nossa independência, chamando Putin de terrorista, até Hilary Clinton caiu nessa, todo mundo já sabe que é perseguição política, porquê o FMI não cumpriu sua parte lá na CEI ainda. É ridículo se ver, ainda hoje, a maçonaria fazendo política internacional institucional. Abraço ALS.
…todo mundo já sabe que é perseguição política…
A história do Clube Marimbás, nos remete ao bairro de Copacabana que outrora elitizado, em que teve como um dos membros fundadores, o ex-presidente das Organizações Globo – Jornalista Roberto Marinho que por intermédio do Presidente Getúlio Vargas, seu Comodoro de Honra, conseguiu sua sede definitiva no começo do promontório do Posto 6.
Aproveitando o ensejo, só gostaria de saber se é os Estados Unidos que pagam aos seus atletas de alto nível se hospedarem em um Transatlântico ancorado na Praça Mauá?
Bons tempos que o lema olímpico do “Citius, Altius, Fortius”, uma expressão latina de “mais rápido, mais alto, mais forte” eram só para os atletas amadores que só sonhavam em representar os seus países.
A magia do atleta etíope que correu descalço, como é o caso do grande maratonista de todos os tempos Abebe Bikila..
Em salto de altura, o Brasil teve a sua representante, a Aída dos Santos (salve, salve), que foi a única mulher da delegação brasileira, e a única do atletismo, que não teve nenhuma estrutura, sem técnico e sem material para competir, e nem sequer tinha roupa para a Cerimônia de Abertura: usou um uniforme adaptado de outra competição. E mesmo assim, se transformou na primeira mulher do Brasil a disputar uma final olímpica.
Minha outra grande admiração, é pela Wilma Rudolph, quem lembra dela? Teve poliomielite na infância sendo tratada pela mãe com suas massagens diárias, que anos mais tarde, conquistou como velocista três medalhas de ouro.
O nosso saudoso primeiro bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva, que conquistou as medalhas de ouro no salto triplo nos Jogos de Helsinque 1952 e de Melbourne 1956.
Sonhava em ser Esther Williams, mas o nadador Mark Spitz foi imbatível, pois, ambos foram treinados pelos seus pais, sem dependerem do financiamento das grandes marcas desportivas que vemos hoje, e o mais importante disso tudo, sem doping, sem bebidas energéticas e suplementos alimentares.
Outros nomes que ficaram nas mentes e corações, a cubana Mireya Luis, o terror da meninas brasileiras de voley de quadra. O velocista Jesse Owens que derrotou a supremacia desportiva da raça ariana em Berlim. Todos esses nomes, que me desculpem os outros valorosos atletas, souberam tão bem representarem como Hércules, os ideais olímpicos, pois, essa é a minha opinião.
Sempre em qualquer área é sempre complicado fazer negócios com os russos, parecem que tem prazer em procrastinar e assim levarem vantagem , E a famosa lei de “Gersonowisky”.